O que Manato e Casagrande pensam sobre pedágio na Terceira Ponte

O que Manato e Casagrande pensam sobre pedágio na Terceira Ponte

O contrato de concessão da Rodosol e da Terceira Ponte está previsto para acabar em dezembro de 2023, e o tema entrou no rol de perguntas feitas aos dois candidatos ao governo do Estado no segundo turno das eleições deste ano, durante as sabatinas promovidas pela Rede Vitória, nos últimos dias 25 e 26 deste mês.

Renato Casagrande (PSB), atual governador e candidato à reeleição, e o ex-deputado Carlos Manato (PL) apontaram quais soluções pretendem adotar para resolver o impasse do fim do contrato com a Rodosol, bem como de que forma deve ficar a cobrança de pedágio na Terceira Ponte.

O socialista disse que há a possibilidade de não haver cobrança, caso o Estado assuma a gestão do contrato. Já Manato, antes de apresentar uma proposta concreta para a pauta, afirmou haver contradição na relação envolvendo a Rodosol e o atual governo.

No entanto, o candidato do PL deu indícios de que é favor do pagamento de uma taxa de manutenção da concessão, sem ônus para o Estado.

O que os candidatos dizem sobre o pedágio e fim da concessão

Casagrande afirmou trabalhar com um cenário em que há diversas possibilidades, entre elas o fim da cobrança.

“Solicitei que a Secretaria de Mobilidade pudesse encaminhar à Agência de Regulação de Serviços Públicos (Arsp), para que ela estude quais são as alternativas, que são diversas. Duas que são mais claras: novo contrato de concessão, que pode envolver investimento, ou não, e um novo contrato de concessão que envolva manutenção. Ou não ter um contrato, entregar para o DER fazer manutenção desse sistema. A Arsp está analisando alternativas”, disse.

Na sequência, o candidato falou de um aspecto que repercute diretamente no bolso do capixaba, o preço do pedágio na Terceira Ponte a partir do fim do contrato de concessão.

“A partir do fim do contrato, o pedágio vai reduzir de valor. Isso é claro. Nós já vamos ter, de alguma maneira, encerrado esse contrato; se houver algum debate jurídico, estará afeto só a esse contrato. Se houver um novo contrato, será com um valor menor; e se o Estado quiser assumir a manutenção, sem pedágio”, afirmou.

Já Manato, quando indagado sobre o que pretende fazer, entre as seguintes opções: renovar com a Rodosol, abrir outra concorrência para a iniciativa privada ou deixar a gestão da rodovia e da ponte a cargo do Estado, oferecendo os serviços atuais como manutenção e guincho sem pagar pedágio, falou, inicialmente, sobre a necessidade de criação de uma comissão para, segundo ele, ter clareza sobre o contrato firmado entre a Rodosol e o governo.

“Tem uma contradição grande nisso aí. A concessionária diz que Estado deve R$ 1 bilhão. Estado diz que já pagou muito dinheiro. Precisaremos criar uma comissão com vários órgãos para ver qual é a verdade sobre aquilo ali. A verdade tem que vim a luz, com clareza e transparência. Se eu for ter que negociar, primeiro: moto não vai pagar pedágio. Vou fazer igual nosso presidente”, frisou.

Em seguida, o ex-deputado se disse aberto a discutir caminhos que levem a um consenso acerca do futuro da Rodovia do Sol e do pedágio cobrado na Terceira Ponte, que liga Vitória a Vila Velha.

“Vamos discutir abertamente, com transparência. Acabou contrato? Se não dever nada, vamos tentar, discutir e ver sobre uma taxa de manutenção da concessão, para o Estado não ter ônus. A gente tira o pedágio de Guarapari, e uma taxa de manutenção só na ponte de Vitória, sem R$ 1 de lucro para o governo. A verdade ainda não chegou (…) a moto não vai pagar. É muito utilizada para trabalho, fast food, entregas. Confusão danada… Presidente fez isso no Sul do país, isso destravou o trânsito”, ressaltou.

Contrato

O contrato de concessão do Estado com a Rodosol abrange a Terceira Ponte e 67,5 quilômetros da Rodovia do Sol, na altura do trecho trecho Vila Velha – Guarapari).

 

Fonte: Folha Vitória