Viagem de Lula aos EUA deve criar saia-justa na embaixada
A possível viagem do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) aos Estados Unidos para se encontrar com o líder americano, o democrata Joe Biden, ainda neste mês de dezembro, antes de assumir o cargo, deve criar uma saia-justa na representação diplomática brasileira no país.
A equipe do petista não acionou o Itamaraty sobre a viagem, e Lula pode visitar a capital dos Estados Unidos sem uma recepção oficial organizada pela embaixada do Brasil em Washington, comandada por Nestor Forster, muito identificado com o atual presidente, Jair Bolsonaro (PL).
Todos esses temas podem ser levados a Brasília agora por Sullivan, mas há dúvidas se serão mesmo postos à mesa num primeiro encontro oficial entre as duas equipes. O mais provável é que pedidos concretos do governo americano sejam feitos em reuniões de alto nível na capital americana.
Segundo a programação oficial, Sullivan falará sobre crise climática, segurança alimentar, promoção da democracia e migração regional. Está previsto um encontro com o senador Jaques Wagner (PT), mas uma reunião com Lula não está descartada. O americano também se encontrará com autoridades do atual governo –será recebido pelo almirante Flávio Rocha, secretário de Assuntos Estratégicos.
Por fim, ainda que uma viagem antes da posse chame a atenção, ela não seria a primeira recepção em Washington nesse contexto. O próprio Lula foi à capital americana em 2002 logo após ser eleito para se reunir com o hoje ex-presidente George W. Bush –na ocasião, o então embaixador brasileiro promoveu um jantar para o petistas, que também se encontrou com parlamentares e investidores americanos.
Fonte: Estado de Minas
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