Dr. Bruno propõe ação contra cigarro eletrônico

Dr. Bruno propõe ação contra cigarro eletrônico

O deputado Dr. Bruno Resende (União) quer instituir campanha estadual de conscientização sobre os malefícios do uso de cigarros eletrônicos.  É o que prevê o Projeto de Lei (PL) 467/2023, que tramita na Assembleia Legislativa (Ales). As atividades de prevenção e combate ao uso desse tipo de produto ocorrerão na última semana de agosto.

“A campanha tem como objetivo conscientizar os jovens que o uso dos cigarros eletrônicos é extremamente prejudicial à sua saúde e não é seguro”, explica o parlamentar na justificativa da matéria.

Médico oncologista, Dr. Bruno adverte que o cigarro eletrônico causa vários riscos, especialmente, para a saúde cardiovascular, com aumento das taxas de colesterol HDL (o mau colesterol), alteração do fluxo sanguíneo e prejuízos do funcionamento das artérias.

De acordo com  parlamentar, enquanto a quantidade de fumantes de cigarros tradicionais diminui ano a ano graças a uma série de evidências científicas comprovando os seus danos à saúde, o consumo de cigarros eletrônicos por jovens é cada vez maior, embora os malefícios sejam os mesmos do cigarro convencional.

Ele ainda cita que a última Pesquisa Nacional de Saúde, realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) a pedido do Ministério da Saúde, revelou que 0,6% dos jovens acima de 15 anos relataram fazer uso de cigarros eletrônicos.

Ilusão

Dr. Bruno alerta que os dispositivos eletrônicos de fumar, por não produzirem fumaça, podem iludir como se fossem inofensivos, o que não condiz com a verdade, pois exalam vapor ou aerossol que contêm substâncias perigosas para o organismo humano.

Entre elas, estão o propilenoglicol e a glicerina vegetal que, quando submetidas a altas temperaturas, formam acetaldeído, formaldeído e acroleína — tóxicas e cancerígenas.

No texto da matéria o deputado acrescenta advertência da cardiologista Jaqueline Ribeiro Scholz, do Instituto Nacional do Câncer (Inca), de que mesmo os aditivos aromatizantes, que geram os “sabores”, podem elevar o risco de problemas.

Nicotina

Segundo a especialista, trocar o cigarro tradicional pelo eletrônico não modifica os riscos inflamatórios, de formação de coágulos e trombos e de arritmia associados ao ato de fumar. Isso acontece porque o cigarro eletrônico tem alta carga de nicotina, que causa dependência, aumenta a atividade inflamatória e o risco de arritmias cardíacas.

Por fim, Dr. Bruno Resende reforça que no Brasil a importação, comercialização e propaganda de cigarros eletrônicos estão proibidas desde 2009. Essa vedação consta na Resolução 46/2009 da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Entretanto, tem sido cada vez mais observado o seu uso, em especial, entre a população mais jovem.

Tramitação

A proposição foi lida na sessão ordinária do dia 12 de junho e encaminhada para análise das comissões de Justiça, Saúde, Educação e Finanças, antes de ser votada pelos deputados em plenário.

Acompanhe a tramitação do PL 467/2023

Fonte: Ales