Doenças evitáveis ainda levam milhares à morte
“A tuberculose é a doença infecciosa que mais mata no mundo e aqui no Brasil também. A gente tem 5 mil mortes por ano de uma doença que a gente tem vacina e a gente tem tratamento”. O alerta é da epidemiologista e secretária de Vigilância em Saúde e Ambiente do Ministério da Saúde, Ethel Maciel. Ela foi a palestrante do Conexões Sustentáveis, evento da Escola do Legislativo realizado para debater a Agenda 2030 da Organização das Nações Unidas (ONU), realizado nesta quarta-feira (11), no Auditório Augusto Ruschi da Assembleia Legislativa.
A secretária avalia que é necessário melhorar o acesso da população ao sistema de saúde, “diagnosticar rápido, fazer com que as pessoas diagnosticadas recebam o tratamento correto e concluam o tratamento até o final. Para isso a gente precisa ofertar o serviço de saúde de qualidade”, avaliou.
A questão foi levantada durante a palestra que teve como foco o ODS 3 – Saúde e bem-estar: assegurar uma vida saudável e promover o bem-estar para todos, em todas as idades. Ethel Maciel esclareceu sobre os 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) e comentou sobre o Plano de Ações Estratégicas para o Enfrentamento das Doenças Crônicas e Agravos não transmissíveis no Brasil.
Durante a palestra, a secretária afirmou que os objetivos da Agenda 2030 são importantes porque colocam alguns indicadores que precisam ser atingidos para garantir a saúde da população.
“Dentre vários, a gente tem indicadores para doenças não transmissíveis e transmissíveis, então é um número enorme: são 28 indicadores exatamente. E, dentre eles, eu diria que em torno de quase metade deles está relacionado às doenças transmissíveis, que têm diminuição de transmissão – de HIV, de hepatite, principalmente B, tem a eliminação da tuberculose, da malária – como problema de saúde pública. Infelizmente, dentre essas doenças, nós temos muitos casos no Brasil e muitas pessoas que ainda morrem por essas doenças, mesmo a gente tendo vacina e medicamento”, explicou.
A convidada pontuou sobre a importância de discutir o tema para entender como as políticas públicas podem ser melhoradas, além do papel do Parlamento para compreender quanto falta para atingir e melhorar a saúde e bem-estar geral da população.
Mobilização
O subsecretário em Vigilância e Saúde do Espírito Santo, Orlei Cardoso, falou sobre a relevância de políticas de mobilização da sociedade e o papel da comunicação, agregando os estados e municípios. “Foi falado sobre o enfrentamento das epidemias, as doenças transmissíveis, os agravos e outras doenças que são negligenciadas, então essa palestra traz para nós informações extremamente importantes para que a gente consiga avaliar isso dentro do contexto estadual junto com os nossos 78 municípios”, disse.
Para o diretor da Escola do Legislativo, Sergio Majeski, “a palestra foi extremamente importante porque, além dela (Ethel) trazer dados em nível de Brasil sobre as principais deficiências sobre saúde, preocupações e os projetos, ela conhece a realidade do Espírito Santo. Então, foi uma palestra altamente esclarecedora e que serve muito para estimular as políticas públicas tanto do estado quanto dos municípios, no sentido de apresentar propostas para evolução e para resolução daquilo que nós precisamos no nosso sistema de saúde”, disse o ex-deputado.
Majeski ainda recordou e parabenizou o trabalho realizado por Ethel Maciel durante a pandemia de Covid-19. O diretor afirmou que, na próxima quarta-feira (18), o Conexões Sustentáveis abordará o ODS 8 – Trabalho decente e crescimento econômico: promover o crescimento econômico sustentado, inclusivo e sustentável, emprego pleno e produtivo, e trabalho decente para todos. Antônio Rocha, do Instituto Jones, será o palestrante.
Fonte: Ales
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