Coinfra pressiona por avanços no sistema de tratamento de esgoto na Serra

Coinfra pressiona por avanços no sistema de tratamento de esgoto na Serra

O presidente da Comissão de Infraestrutura da Ales reclama da ineficiência das estações de tratamento de esgoto

O saneamento básico no município da Serra foi debatido em reunião extraordinária da Comissão de Infraestrutura, na manhã desta terça-feira (5). Desde 2015 existe uma parceria público-privada (PPP) entre a Companhia Espírito-santense de Saneamento (Cesan) e a empresa Ambiental Serra. Responsável por operar e expandir o sistema de esgotamento sanitário do município, a concessionária tem um contrato de 30 anos com o poder público.

Fotos da reunião

O contrato previa a ampliação da cobertura do sistema de esgoto em 98% até 2024, como explicou o presidente da Comissão de Infraestrutura, deputado Alexandre Xambinho (PSC). O presidente da Ambiental Serra, Justino Brunelli, informou que já foram alcançados 92% da cobertura de tratamento de esgoto no município da Serra, com 173.631 imóveis conectados à rede coletora.

“Saímos de 58% de cobertura em 2015 e já atingimos 92%, faltando apenas a região de Jacaraípe para conseguirmos a universalização”, disse. A malha da rede coletora passou de 653 quilômetros, existentes no início da concessão, para os atuais 1.261 quilômetros de rede. No entanto, essa expansão não veio acompanhada da ampliação e modernização das estações de tratamento de esgoto (ETEs).

Xambinho pontuou a ineficiência das 21 estações da cidade, que estão “com sobrecarga e precisam de investimentos”. O contrato previa a construção e modernização das estações até 2024. “Aumenta o número de rede, mas não melhora e qualifica as estações de tratamento de esgoto. Está tendo uma saturação do sistema”, reforçou Xambinho.

De acordo com Brunelli, as estações são antigas e com tecnologias ultrapassadas o que dificultaria a qualidade do tratamento. “O que vai mudar de fato é a reformulação, com construção de novas estações. Estamos nesse momento discutindo com o município e os órgãos reguladores a melhor solução para que seja feita essa reformulação com tecnologias mais eficientes”, afirmou o gestor.