Juninho Corrêa abandona a política e se rende ao celibato
Juninho, vereador mais votado nas ultimas eleições em Cachoeiro, não é mais pré-candidato a prefeito da cidade, como se comentava.
A voz de Deus soou aos ouvidos de Juninho, jovem de futuro promissor político, assim ele se rendeu ao celibato.
São muitas perguntas que certamente brotaram no inconsciente do cachoeirense conservador nesta segunda-feira, 14, após o promissor nome do PL “tirar as chuteiras de campo” e decidir trocar a vida pública pela vida religiosa, anunciando a sua desistência da política.
Não renunciou ao mandato de vereador, Juninho Correa, mas deixou claro que não é mais pré-candidato a prefeito de Cachoeiro de Itapemirim. Se colocou à disposição da igreja para voltar ao seminário e se tornar padre.
Durante uma conversa aberta com a imprensa, Juninho disse que o chamado a Igreja vem lá de trás e ele sempre fugiu. Agora, depois de um retiro de 15 dias em um mosteiro, ouviu a voz de Deus e resolveu abandonar a vida pública.
Juninho da Cofril, vereador de Cachoeiro de Itapemirim mais votado da presente legislatura, suplente a uma cadeira na Câmara Federal, nome de peso da oposição ao prefeito Victor Coelho, na Casa de Leis é o nome disparado nas pesquisas de intenções de votos.
E agora?
Antes da live começar, como de costume, uma oração para que Deus guiasse cada palavra a ser dita. Com citações bíblicas, o político se baseou em Pedro para explicar aos jornalistas o motivo da sua renúncia.
Como diz o ditado, “tinha a faca e o queijo nas mãos” para tocar uma campanha vitoriosa, levando em consideração os apoios fortes dos empresários, católicos e evangélicos. Do PL, era o promissor político com carreira meteórica.
“Não dá mais para negar, o barco, ele está em alto mar, não dá para voltar, o mar é Deus e o ventou sou eu.
E o vento forte que me leva pra frente é o amor de Deus”, com esta citação o vereador iniciou o seu pronunciamento.
Assegurou que nos últimos meses muita coisa passou em sua cabeça sobre o futuro político. E precisava silenciar um pouco para poder falar e tomar uma decisão correta. “Foi o que eu fiz.
Fui fazer um retiro de 15 dias em um mosteiro. Era neste silêncio que eu ouvia a voz de Deus falando comigo. Pra mim cada dia fica mais latente que Ele me preparou para este momento”.
Quando lá atrás Juninho deixou o seminário ele disse que Deus já sabia que o colocaria onde está. E a resposta certa é que ele precisa voltar para seu primeiro amor.
“Eu tomei esta decisão há um tempo, mas eu precisava passar por este momento de agora para dizer que, eu saio da vida pública, não vou mais disputar a eleição a prefeito”.
Não tem mais nenhuma pretensão política.
“Não vou dar seguimento a vida pública para me dedicar a quem me deu a vida por mim”.
Não negou Juninho que viveu momentos de stress com diversas pessoas.
“Tive momentos de stress com Léo, com Ari, com a Renata, com Elisangela, com um monte de gente. E todos os momentos de stress me levaram a tomar a decisão que eu tomei hoje. Mas ninguém de fato é culpado pela decisão que eu tomei. Não adianta eu querer mascarar que existe um culpado e se existe um culpado, este culpado é o próprio Jesus, que me chamou há uns 10 anos e só respondi atrasado 10 anos o sim a Ele”.
Sai leve, sem desilusão com o PL. Tem consciência de que os apoiadores ficarão tristes e até com raiva da decisão que tomou e pediu desculpas.
“Eu até gostaria de me desculpar, primeiramente, com a população de Cachoeiro que depositou confiança e esperança em mim, mas eu quero que sirva para cada um de vocês, que toda vez que nós depositarmos a nossa fé, nossa confiança, nossa esperança em qualquer homem que seja, nós seremos frustrados, porque só Ele não nos frustra”.
Para Juninho não há nem um nome pronto para disputar a Prefeitura de Cachoeiro.
“Este momento, só Cristo salva Cachoeiro. Nenhum político.”
Ao lado dos pais na coletiva, Juninho pediu desculpas a eles, seus maiores apoiadores. E a todos que apostaram nele. Pediu desculpas ao PL também.
Sobre a nota publicada na semana passada, ele a fez no momento de muita tristeza, entretanto, não retirou nenhuma palavra. Disse que precisava clamar em nome de tantos correligionários que querem ajuda.
Sem diálogo na política não adianta ter nenhum Lamborghini, se dirigiu ao senador Magno Malta com a metáfora.
“Ainda dá tempo de o PL fazer diferente, ainda dá tempo do processo todo ser diferente e a gente através deste diálogo, da união dos conservadores a gente conseguir fazer algo novo, a partir daquilo que cada um de nós vai fazer na sua vida privada”.
“Se a Igreja quiser eu acho que vou seguir meu primeiro plano de ser padre. Acho que tem o melhor a contribuir”.
E pediu perdão, frustrou algumas pessoas, mas sentiu que precisava dar um passo atrás, recuar para voltar ao verdadeiro trilho que não deveria ter saído.
Não pretende renunciar ao mandato de vereador. Como não tem mais pretensão política, vai conversar com o suplente e se licenciar.
E a live encerrou com Juninho aparentemente aliviado por ter tomado a decisão que ele adiou por 10 anos.
As perguntas são muitas e somente Juninho sabe de fato as respostas.
Na semana passada o clima esquentou e ele chegou a dizer que deixaria o PL. A crise parece não vir de agora, todavia é mais indicado aguardar as cenas do próximo capítulo.
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