Reivindicações do Sindsaúde são Apresentadas na Ales
Reestruturação de carreiras e retorno do adicional de insalubridade estão entre os pedidos do sindicato apresentados à Comissão de Direitos Humanos
A Comissão de Defesa dos Direitos Humanos da Assembleia Legislativa (Ales) recebeu representantes do Sindicato dos Trabalhadores da Saúde do Estado do Espírito Santo (Sindsaúde-ES) em reunião ordinária na manhã desta terça-feira (7). Além de pedir revisão do valor de reajuste anunciado pelo Poder Executivo, a categoria apresentou reivindicações como retorno do adicional de insalubridade e reestruturação de carreiras.
Presidido por Geiza Pinheiro Quaresma, o Sindsaúde quer discutir com o governo do Estado questões como a reposição das perdas salariais de 14,38% entre 2020 e 2023; a equiparação do auxílio alimentação com os poderes Legislativo e Judiciário; o retorno do adicional de insalubridade para os servidores da saúde nos hospitais e unidades hospitalares; e a reestruturação de carreiras de servidores.
Segundo Geiza, a Fundação iNova tem falhado no pagamento de insalubridade aos servidores e o Poder Executivo não acolhe as demandas do setor. “(…) tem unidades em que há muito tempo foram retiradas [as insalubridades] e têm direito a receber. Então, o que nós queremos é uma mesa de negociação permanente, que o Estado se comprometa e cumpra com que foi acordado com o sindicato. Que haja uma mesa de negociação séria e que as nossas pautas sejam encaminhadas verdadeiramente”, afirmou.
Em relação à reestruturação de carreiras, a sindicalista disse que vários cargos na saúde do Estado estão sendo extintos ou estão em vacância. “(…) por isso os servidores devem ser valorizados. O Estado se comprometeu desde antes da eleição que estaria fazendo essas reestruturações, e nós não avançamos nesse ponto. Teve também a questão da reforma da previdência, que para nós servidores foi um prejuízo a mais porque nós tivemos um reajuste de 4,5% mas (…) começamos a pagar mais 3% [de contribuição]”, avaliou a presidente do Sindsaúde-ES.
A entidade quer também que o Estado revise as progressões no setor e o contrato com a empresa MGS-Minas Gerais Administrações e Serviços S.A. De acordo com sindicato, a terceirizada está substituindo funcionários em designação temporária (DT) e reduziu salários de R$ 3.000 para R$ 1.790.
A presidente da comissão, deputada Camila Valadão (Psol), salientou que saúde é direito fundamental e os profissionais da categoria merecem reconhecimento. A parlamentar lembrou, por exemplo, o trabalho desempenhado pelos servidores no período da pandemia da Covid-19.
“(…) quando a gente fala desses trabalhadores [da saúde] a gente está falando de um trabalho indispensável que merece reconhecimento, valorização e, por isso, pagar a insalubridade, para além de um direito conquistado por esses trabalhadores, é também valorizá-los nesse trabalho, que é um trabalho que significa risco também para essas vidas, vide o período da pandemia que, infelizmente, nós perdemos muitos trabalhadores da saúde”, pontuou a deputada.
Valadão acrescentou que pretende ampliar a discussão para além do colegiado de Direitos Humanos. “(…) a gente pretende pautar esse tema (…) também no plenário da Assembleia, reivindicando, cobrando, utilizando a tribuna para denunciar e também nessa articulação com outras comissões aqui da Assembleia. A Comissão de Saúde é uma comissão importante e a gente pretende também levar esse tema para que seja pautado lá (…)”, disse.
Os deputados João Coser e Iriny Lopes (ambos do PT) também participaram da reunião e acolheram as demandas da categoria.
Reunião
De acordo com o Sindsaúde-ES, uma reunião com o governo do Estado foi agendada para a tarde desta sexta-feira (10).
Fonte: Assembleia Legislativa
Moderação e Revisão de Conteúdo Geral. Distribuição do conteúdo para grupos segmentados no WhatsApp. Cadastre-se gratuitamente e receba notícias diretamente no seu celular.