Ales lança a Marcha das Mulheres Negras 2025
A marcha reúne mulheres negras de todos os lugares do país e faz um levantamento de conquistas e retrocessos em nível nacional e internacional
A Procuradoria Especial da Mulher da Casa lançou a Marcha das Mulheres Negras de 2025 na tarde desta terça-feira (02). O ato reuniu em frente a Assembleia Legislativa (Ales) movimentos sociais, militantes negros, políticos e pessoas da sociedade civil em prol de políticas públicas pautadas por mulheres negras de diferentes esferas econômicas.
Essa ação faz parte do Julho das Pretas, data política promovida pelo movimento de mulheres negras do Brasil. Segundo a propositora do evento, a deputada Iriny Lopes (PT), o objetivo é dar fortalecimento e visibilidade às questões que perpassam a vida das mulheres pretas.
“A marcha das mulheres negras é por liberdade, autonomia, dignidade, emprego, salário e educação. Tudo o que não lhes é ofertado na medida em que elas precisam”, enfatizou.
O evento nacional será realizado em 2025, em Brasília. A meta dos organizadores é reunir 1 milhão de mulheres negras para reivindicar por políticas públicas que assegurem direitos básicos de equidade.
Para a coordenadora estadual do Movimento Negro Unificado Vanda de Souza Vieira, as conquistas que a Marcha das Mulheres Negras obteve são fruto de reconhecimento internacional.
“Nenhum outro lugar do mundo fez uma marcha de mulheres negras, só o Brasil. Angela Davis sempre fala nisso quando vem aqui. Nós temos o movimento de mulheres negras mais organizado, só por aí você já vê a importância desse movimento”, ressaltou.
De acordo com Vanda, não existe melhor lugar no Estado para reivindicar direitos do que a entrada da Assembleia Legislativa. “É daqui que saem as políticas públicas”, completou.
Uma das exigências é por empregos dignos. Ainda hoje, as mulheres negras enfrentam alto índice de desemprego no país. Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o percentual de mulheres negras desempregadas no último trimestre de 2023 foi de 9,2%, enquanto a média nacional atingiu o percentual de 7,4%.
Iriny finalizou sua declaração com um convite às mulheres negras do Espírito Santo que não fazem parte de nenhum movimento social, mas que querem se juntar à causa. A deputada convidou todas as se dirigirem à Procuradoria da Mulher da Ales, chefiada por ela, para unirem-se nas lutas.
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