Governo da Venezuela acusa Pence de ordenar atos violentos no país
Nesta terça-feira, Mike Pence divulgou um vídeo chamando Nicolás Maduro de ditador e dizendo que está ao lado do povo venezuelano.
O ministro de Informação da Venezuela, Jorge Rodríguez, disse nesta terça-feira (22) que o vice-presidente dos Estados Unidos, Mike Pence, ordenou atos violentos no país e assegurou que também incitou a criação de “falsos positivos” para as passeatas opositora que estão sendo preparadas para amanhã.
“Os fascistas da Venezuela obedecem as ordens de Mike Pence, isto que Mike Pence lhes dá não é uma recomendação, é uma ordem, lhes dá a ordem de queimar, lhes dá a ordem de matar, lhes dá a ordem de que sejam perpetrados atos de falso positivo amanhã”, disse Rodríguez em declarações a jornalistas.
Rodríguez fez estas afirmações pouco depois da divulgação de um vídeo de Pence no qual chama de “ditador” o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, e, ao referir-se à passeata convocada pela oposição, diz ao povo da Venezuela: “Estamos com vocês”.
Rodríguez garantiu que o partido opositor Vontade Popular (VP), ao qual pertence o presidente do parlamento, Juan Guaidó, e ao que se referiu como um “grupo terrorista”, está seguindo estas ordens de efetuar atos de violência e os acusou de roubar armas das Forças Armadas.
O ministro denunciou que tinham sido extraídas 51 “armas de guerra” de um centro da Guarda Nacional (polícia militar), na sua maioria “fuzis de alto calibre dessas armas de guerra que foram roubadas por ordem do grupo terrorista Vontade Popular”, e das quais foram recuperadas 40.
“E para que? As primeiras investigações assinalam que, segundo confessaram alguns dos que roubaram as armas no dia de ontem, foram entregues a civis pertencentes à célula terrorista VP para que se perpetrassem atos de violência, feridos e mortos na manifestação opositora do dia 23 de janeiro”, ressaltou.
Rodríguez explicou que esta “operação de falsos positivos” implicaria em “uniformizar estas células terroristas” supostamente treinadas nas cidades fronteiriças de San Cristóbal (Venezuela) e Cúcuta (a Colômbia) com uniformes das Forças Armadas Venezuelanas.
Estes falsos militares, segundo Rodríguez, “eventualmente disparariam no dia de amanhã contra a manifestação opositora”.
Toda esta organização de manifestações, que teria se iniciado ontem em áreas populares de Caracas com protestos nas quais foi queimada uma casa cultural chavista, “busca justamente promover a desestabilização e a violência na Venezuela”, de acordo com o ministro.
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