Deputados Capixabas e o voto impresso
A Câmara dos Deputados rejeitou nesta 3ª feira a PEC (Proposta de Emenda à Constituição) 135 de 2019, que determinaria a impressão dos votos das urnas eletrônicas.
Trata-se de uma derrota para o presidente da República, Jair Bolsonaro. Ele chegou a dizer que a realização de eleições em 2022 estava condicionada à volta das cédulas de papel.
Mas no Congresso já se sabia, desde a semana passada, que a proposta não seria aprovada.
Talvez por isso tantos deputados tenham votado sim para agradá-lo, como oito dos dez deputados do ES. Até o socialista Ted Conti (PSB) votou a favor. Já Felipe Rigoni, ex-PSB, e Helder Salomão (PT), votaram contra.
Foram 218 votos contra, 229 a favor e uma abstenção. PECs, como a do voto impresso, só são aprovadas se tiverem o apoio de ao menos 308 deputados em 2 turnos. Quando o número não é atingido na 1ª rodada, não é necessária nova votação.
Impeachment
Pelo comportamento da bancada capixaba nas votações do governo, pode se afirmar que se o processo de impeachment contra o presidente chegasse a votação em plenário, oito deputados do ES votaram contra o afastamento de Bolsonaro:
São eles Evair Melo, dra. Soraya, Neucimar Fraga, Da Vitória, Lauriete, Amaro Neto, Norma Ayub e Ted Conti.
A votação do voto impresso tomou um tempo desnecessário do Parlamento, que deveria estar discutindo saídas para a pandemia, e para o aumento da pobreza em função da crise sanitária.
Reprodução Agência Congresso
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