Coronavírus: deputados alertam sobre variante
A mais recente variante do novo coronavírus, denominada Ômicron, surgida na África e que já se espalhou por mais três continentes (Europa, Ásia e Oceania), foi tema de pronunciamentos nos trabalhos em plenário desta segunda (29).
O deputado Dr. Rafael Favatto (Patri) advertiu que a Ômicron serve de alerta para o fato de que apesar do avanço da vacinação no Brasil a pandemia continua, e as pessoas não podem “baixar a guarda”.
Favatto observou que boa parte da população não está mais usando máscaras e nem higienizando as mãos após cumprimentos e toque em objetos e superfícies. O deputado lembrou que a não higienização das mãos é um perigo, pois o novo coronavírus pode ser transmitido, não apenas pelo espirro e saliva, mas também pelo contato que pode ocorrer caso a pessoa leve as mãos aos olhos ou à boca.
O deputado, que é médico, fez um apelo para que as pessoas que estão com a vacinação incompleta ou ainda não tomaram sequer a primeira dose da vacina façam a imunização o mais rápido possível. “A situação volta a se tornar preocupante (com o surgimento da Ômicron) e na Holanda a primeira-ministra está recomendando a quem puder trabalhar de forma remota em casa que fique em casa”, relatou.
Sergio Majeski (PSB) chamou de irresponsáveis as pessoas que não querem ser vacinadas. Para o deputado, a Ômicron surgiu na África devido à falta de vacinas no continente, mas no Brasil os imunizantes estão sobrando.
Divergência
Em contraponto às falas de Favatto e Majeski, os deputados Torino Marques (PSL) e Capitão Assumção (Patri) defenderam a liberdade de escolha em relação a tomar ou não a vacina.
Preocupado em defender a economia do setor turístico capixaba em 2022, Torino projetou um Ano Novo e Carnaval animados como forma de compensar parte das perdas já impostas pela pandemia. O deputado argumentou que a recuperação econômica já começou diante das quedas nos números de internações pela Covid, e isto é positivo para o turismo, mas fez questão de salientar que defende a vacinação apenas para quem queira tomar a vacina.
Já Capitão Assumção criticou portaria conjunta datada de 26 de novembro e assinada pelos secretários estaduais da Saúde (Nésio Fernandes) e de Gestão e Recursos Humanos (Marcelo Calmon) que obriga servidores do estado a apresentarem cartão de vacina contra a Covid-19. Segundo ele, a portaria é uma “insanidade”, pois não há lei que a ampare e no Brasil ninguém pode ser obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa que não esteja previsto em lei. “Uma portaria não pode estar acima do direito de ir e vir; a vacina não impede a transmissão do vírus e há pessoas que, por recomendação médica, não podem ser vacinadas”, afirmou.
UTI em Santa Casa
Theodorico Ferraço (DEM) cobrou do governador Renato Casagrande (PSB) que libere recursos de R$ 6,5 milhões destinados à conclusão das obras da Unidade de Tratamento Intensivo (UTI) da Santa Casa de Misericórdia do município de Iúna. Ele explicou que o valor chegou a ser empenhado pelo ex-governador Paulo Hartung, e faz parte de um total de R$ 35 milhões que a Assembleia Legislativa (Ales) economizou e devolveu ao Estado quando Ferraço presidiu a Casa. “Nós devolvemos ao Hartung R$ 35 milhões com a condição de que R$ 6,5 milhões fossem revertidos para essa UTI da Santa Casa de Iúna, mas depois entrou o atual governador, veio a pandemia também, e tudo ficou parado”, disse o parlamentar.
Feminicídio
Janete de Sá (PMN) fez mais uma vez alerta na tribuna sobre a escalada da violência contra a mulher no Espírito Santo. O assassinato mais recente de pessoa do sexo feminino no estado, conforme relatou, ocorreu no sábado (27). O corpo de Laiane Pessoa dos Santos, de 20 anos, foi encontrado perfurado por tiros de arma de fogo em uma estrada de terra. A autoria e a motivação do crime ainda são desconhecidas.
Janete denunciou que em 2021 já houve o registro de 103 assassinatos de mulheres no estado, aumento de 15,7% em relação ao registrado em todo o período do ano passado, quando 89 mulheres perderam a vida de forma violenta.
Na região metropolitana em 2021 foram 39 mulheres mortas vítimas de violência, quase igualando com o registrado em 2020 (41). No norte do estado o número de vítimas este ano já é maior do que o do ano passado, subindo de 20 para 25. No sul capixaba quase dobrou o índice de assassinato das mulheres no mesmo período subindo de 8 para 14; no noroeste o fenômeno se repete subindo de 10 para 17. E na região serrana já são oito mortes violentas registradas, chegando quase à marca de 2020, quando oito mulheres foram assassinadas.
“A situação é dramática e não podemos deixar de denunciar isso, lembrando que estamos também no clima da campanha de 21 dias de resistência contra a matança de mulheres em todo o país”, lembrou a deputada.
Reprodução Ales
Especialista em moderação e revisão de conteúdo para jornais do consórcio de notícias, garante a qualidade editorial e a precisão das publicações, mantendo padrões rigorosos de precisão e excelência informativa.