Forças de Segurança mantém posição firme sobre proposta de negociação com governo do ES
Em reunião ocorrida nesta semana entre os representantes das entidades que integram a Frente Unificada de Valorização Salarial – FUVS, estabeleceu-se um “Programa de Ação para Valorização dos Servidores da Segurança Pública” com atos concretos e efetivos até outubro de 2022.
Inicialmente, consignou-se o descumprimento do acordo imposto pelo próprio Governo do Estado do Espírito Santo em 2020, seja pela não concretização dos reajustes gerais anuais – no valor atual de 16,10% – dos anos de 2020 e 2021, seja pela quebra de sua palavra ao conceder aumento diferenciado de 20% para uma categoria específica da segurança pública, seja pela incapacidade em efetivamente dialogar com a FUVS em relação às demandas apresentadas no último ano. E, assim, a população continuará não percebendo o investimento na segurança enquanto o policial e bombeiros militares, componentes humanos, não forem valorizados.
Na sequência, pontuou-se que não é por acaso – para usar expressão do próprio Governo do Estado – a insatisfação geral das diversas categorias com os problemas citados e outros igualmente relevantes, os quais impactam no dia-a-dia da atividade policial e são capazes de gerar desmotivação e desânimo. Há, portanto, uma necessidade emergencial de avanço em relação aos pleitos da segurança pública, em especial após notícias de crescimento da economia do Estado do Espírito Santo em 9,8%.
Entre os primeiros atos do “Programa de Ação para Valorização dos Servidores da Segurança Pública”, serão estabelecidas algumas alianças ao longo das próximas semanas, que serão divulgadas na medida em que concretizadas, de modo que esses primeiros atos deflagrarão uma nova Assembleia Geral Unificada em janeiro de 2022, a fim de mostrar ao Governo do Estado a necessidade de, acima de tudo, ter uma pauta que respeite e valorize todos os servidores da segurança pública.
Após, está decisão da Frente Unificada, o próprio governador Renato Casagrande (PSB) tentou minimizar o impacto e os efeitos das ações projetadas no documento juntos aos operadores de segurança pública. Para tanto, buscou imediatamente a imprensa capixaba para mais uma vez prometer que vai conceder um reajuste superior a 3,5% para os demais servidores e um outro percentual específico para os servidores que compõem as forças de segurança. Esta medida, segundo uma fonte do próprio governo foi para reduzir a pressão que Casagrande vem sofrendo por não cumprir um acordo assinado com a FUVS.
Já a Frente Unificada afirma que vai manter o programa de ação relacionada a valorização salarial como forma de fortalecer cada vez mais o pleito que são reivindicados. Segundo as entidades “não adianta prometer apenas com narrativas evasivas, o governador sabe que deve fazer o que foi assinado“.
Reprodução Opinião ES
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