ES tem mais de 2 mil profissionais de Saúde afastados por Covid-19
Com diagnóstico positivo para Covid-19, atualmente, 2.259 profissionais da Saúde estão afastados do trabalho no Espírito Santo.
O número, disponibilizado pelo Painel da Covid-19 no Espírito Santo na tarde desta quarta-feira (19), representa um aumento de cerca de nove vezes se comparado aos 225 casos positivos registrados em dezembro em profissionais do setor.
Isso não significa, necessariamente, que todos os profissionais trabalhem para o estado, e sim que testaram positivo no Espírito Santo.
Entre as cidades da Grande Vitória, o aumento do número de trabalhadores afastados no mês de janeiro também pode ser observado.
Vitória
O número de profissionais da área de Saúde afastados na capital saltou de 36 em dezembro para 343 em janeiro, de acordo com dados do Painel Covid-19 no ES. Isso representa um salto de mais de nove meses mais pessoas afastadas.
Vila Velha
No município canela-verde também houve aumento. Foram 30 afastados em dezembro, enquanto neste mês de janeiro o número saltou para 348, ou seja, são cerca de dez vezes mais afastamentos.
Cariacica
Em Cariacica foram registrados 19 casos positivos de Covid-19 entre profissionais de Saúde no município em dezembro, e em janeiro o número saltou para 216.
Serra
No município serrano, em dezembro, 37 funcionários do setor foram afastados pela doença, e, até o dia 19 de janeiro, o número subiu para 257, isto é, quase seis vezes mais afastamentos.
Taxa de transmissão em crescimento no ES
A taxa de transmissão da Covid-19 no Espírito Santo, que mede a capacidade do vírus de passar de uma pessoa para outra, alcançou o nível três, maior taxa desde o início da pandemia no estado.
Até esta quarta-feira (19), o Espírito Santo contabilizou 690.636 casos positivos da doença, e 13.395 óbitos. Em comparação ao dia anterior, terça-feira (18), foram registrados 8.947 casos e 10 novas mortes.
Profissionais sobrecarregados
Devido à alta demanda por atendimentos e ao afastamento de profissionais da Saúde, entidades que representam a categoria já relatam que os médicos e outros trabalhadores da área que continuam trabalhando estão sobrecarregados e cansados.
De acordo com Karoline Calfa, conselheira do Conselho Regional de Medicina, as resoluções n° 2077/2014 e 2079/2014 do Conselho Federal determinam que médicos atendam até três pacientes por hora de plantão em pronto atendimentos e serviços de urgência e emergência para que o paciente seja bem atendido. No entanto, em função da sobrecarga de trabalho, os atendimentos têm ido além dessa cota.
Karoline ressalta que além das infecções dos médicos por Covid-19 e gripe, que podem ocorrer inclusive fora do ambiente de trabalho, soma-se a isso a alta procura por atendimentos, já que muitas pessoas com sintomas gripais buscam as unidades de saúde e hospitais para fazer testes e pegar os atestados para afastamento do trabalho, que é a orientação atual do Ministério da Saúde.
eiza Pinheiro, presidente do Sindicato dos Servidores da Saúde no Espírito Santo (Sindisaúde), também pontua que os profissionais que continuam atuando na linha de frente estão trabalhando muito e cansados.
“Além da demanda que já estava alta, estamos tendo muitos profissionais afastados em hospitais e unidades de saúde, por causa da gripe e da Covid-19. Há lugares que em cada dez casos, nove estão dando positivos. A sobrecarga aumenta porque o quadro de profissionais está ficando reduzido e é preocupante”.
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