Marataízes: Prefeito e secretários de Saúde e de Obras são afastados em operação contra corrupção
A Justiça determinou o afastamento do prefeito Robertino Batista da Silva (PDT) e dos secretários de Saúde, Eraldo Duarte Silva Júnior, e de Obras, Ricardo Pepe Reis, do município de Marataízes, no litoral Sul do Espírito Santo.
O afastamento é válido por 90 dias e foi determinado durante a deflagração da Operação Salvação, da Polícia Federal, que investiga supostas solicitações de propina realizada, em tese, por agentes públicos do município.
As investigações apuram indícios de que os agentes públicos cobravam vantagens indevidas a empresário que prestava serviços ao município, consistentes em percentuais que variavam entre 5% e 10% do contrato, com possíveis manobras de dissimulação da origem ilícita das propinas recebidas. De acordo com as investigações, contratos da área da Saúde custeados com verbas federais eram fraudados.
Foram cumpridos seis mandados de busca e apreensão e três ordens judiciais de afastamento temporário das funções públicas, além de sequestro de bens. A operação contou com a participação de 26 policiais federais.
Com o afastamento do prefeito Robertino, quem assume é o vice, José Amintas Pinheiro Machado (PDT). A data de cerimônia de posse ainda será definida pela Câmara de vereadores da cidade.
Veja a nota da Prefeitura de Marataízes na íntegra:
A Prefeitura de Marataízes foi notificada a afastar o prefeito, secretários de Saúde e de Obras, e vai proceder com as determinações judiciais. O processo corre em segredo, portanto, não há mais informações. Quanto ao prefeito Tininho, vai acionar o seu jurídico para apresentar as suas versões sobre os fatos.
Delegado da Polícia Federal diz que agentes públicos cobravam propinas de empresários
Em vídeo, o superintendente da Polícia Federal no Espírito Santo, delegado Eugênio Ricas, disse que as investigações apontavam que agentes públicos faziam cobrança de propina a empresários de Marataízes.
“A operação investiga suposta solicitação de propinas, perpetradas, em tese, por agentes públicos do município de Marataízes. As investigações apontam indícios que os agentes públicos cobravam vantagens indevidas a empresários que prestavam serviços ao município”, explicou.
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