Vereador Geraldinho Feu Rosa acusado de “rachid” é afastado pela Justiça
A juíza Telmelita Alves, da Vara da Fazenda Pública da Serra, concedeu o pedido de afastamento do cargo do vereador Geraldinho Feu Rosa (PSB), feito pelo Ministério Público do Espírito Santo (MP-ES).
Ele foi denunciado em uma ação de improbidade administrativa pela prática de “rachid”. De acordo com o MP-ES, o vereador “fez exigências ilegais aos seus assessores, obrigando-os a repassar, ao vereador, parcela do salário que recebiam na Câmara Municipal de Serra/ES, sob pena de serem exonerados dos cargos comissionados caso não o fizessem”.
Na decisão pelo afastamento do vereador, a magistrada argumenta que, “após examinar detidamente as provas acostadas com a inicial, e não obstante serem oriundas de procedimento investigativo instaurado pelo próprio Parquet, vejo que tais elementos indiciários, sobre os quais repousa a tese ministerial, são harmônicos e convergem para a demonstração de um quadro sistematizado e institucionalizado no gabinete do vereador Geraldinho Feu Rosa (Réu), do que comumente se conhece pela prática de ‘rachid’, na qual o requerido desde o início de seu mandato exigia sob a ameaça de exoneração que seus assessores reservassem/entregassem parte de seus vencimentos (em torno de 10% do recebido), cujo valor era arrecadado no próprio gabinete e em seguida depositado em uma conta bancária da mãe de uma assessora”.
A assessoria da Câmara da Serra confirmou que já recebeu a notificação do afastamento do vereador. O presidente da Casa, Rodrigo Caldeira (Rede), tem até 120 dias para definir sobre a convocação do suplente para assumir o cargo no parlamento municipal. A decisão mantém o pagamento do salário do vereador afastado, que é de R$ 9.208,33. A reportagem ainda não conseguiu contato com o vereador.
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