Ales debate atendimento a hemofílicos

Ales debate atendimento a hemofílicos

Para a presidente da Associação dos Hemofílicos do ES, Roziane Pereira, o diagnóstico, a prioridade no atendimento e a descentralização dos serviços ainda são desafios

Avanços no atendimento e demandas de pacientes com hemofilia foram discutidos em reunião da Comissão de Saúde, realizada nesta terça-feira (5).  Para falar sobre o assunto, o colegiado, que é presidido pelo deputado Dr. Bruno Resende (União), recebeu a presidente da Associação dos Hemofílicos do Espírito Santo (AHES), Roziane Pereira.

Fotos da reunião

No Espírito Santo, são cerca de mil pacientes com hemofilia, um distúrbio no processo de coagulação do sangue que pode gerar várias consequências, inclusive hemorragias. Segundo Roziane, um dos grandes avanços deste ano e que contou com a ajuda da Comissão de Saúde foi a garantia de acesso a próteses importadas para aqueles que têm necessidade.

O acesso foi assegurado pela Portaria 61 da Secretaria Estadual de Saúde (Sesa), publicada em 31 de julho deste ano. “Somos o primeiro Estado com portaria para prótese importada de joelho e quadril. O impacto na qualidade de vida do paciente é muito grande. Hoje nós temos a portaria e temos o hospital de referência que faz a cirurgia ortopédica. A fila dos pacientes que precisam desse procedimento está andando”, contou a presidente.

Demandas

Frente aos avanços, Roziane apresentou algumas demandas que ainda precisam de atenção. “Nós temos algumas demandas, mas também não são tão difíceis de conquistar! Estamos no caminho. Primeiro, o diagnóstico desse paciente. Infelizmente, 80% dos profissionais de saúde que atuam em emergências não conseguem identificar um potencial paciente hemofílico”.

Para os pacientes que já possuem o diagnóstico, Roziane defende que eles sejam atendidos no SUS sempre com prioridade e identificado como alto risco por conta das possíveis complicações hemorrágicas. Outra demanda é a descentralização do atendimento especializado para garantir acompanhamento para pacientes que moram no interior do Estado.

O deputado Dr. Bruno Resende (União) falou sobre a organização da linha de cuidado do paciente. “Nós precisamos organizar melhor essa linha de cuidado. E é uma coisa que não gera custos. É centralizar aqueles serviços muito especializados, porque exigem expertise profissional e toda uma estrutura, e descentralizar aqueles serviços que são mais básicos, de rotina”, defendeu parlamentar. A reunião também contou com a presença do deputado Zé Preto.