Ales: Vale cumpre 8 das 48 metas de termo ambiental

Ales: Vale cumpre 8 das 48 metas de termo ambiental

A Vale cumpriu, até agora, oito das 48 metas estabelecidas no Termo de Compromisso Ambiental (TCA) 35/2018, que define medidas de controle de emissões atmosféricas na Grande Vitória. A informação é do gerente de Meio Ambiente da mineradora, Romildo Fracalossi, que participou da reunião virtual da Comissão de Meio Ambiente, nesta quarta-feira (19), e apresentou as ações da empresa para cumprimento do TCA. Na semana passada, o colegiado ouviu representante da ArcelorMittal sobre o tema.

Fracalossi explicou que o Plano Diretor Ambiental da Vale engloba as metas do TCA. O plano conta com 132 projetos, sendo que 18% deles foram concluídos. Sobre a situação das 40 metas ainda pendentes, informou que estão em andamento ou em processo de análise pelo Instituto Estadual de Meio Ambiente (Iema). O prazo para cumprimento das metas é 2023.

Metas

Dentre as metas cumpridas pela mineradora estão a contratação de empresa para monitoramento das emissões atmosféricas e a instalação de dispositivo de indicação de velocidade e direção dos ventos.

Algumas metas que estão em andamento ou em análise pelo Iema são a melhoria no controle da emissão de material particulado no carregamento e descarregamento de navios e o enclausuramento da área de estocagem temporária da usina 8, obra que deve ser finalizada em fevereiro de 2022. “Deixaremos de fazer uma operação a céu aberto e faremos em um ambiente fechado”, explicou Fracalossi.

Outra meta a ser cumprida é o fechamento dos vãos das barreiras de vento ou wind fences. Foram fechados 47 dos 50 vãos. A empresa solicitou ao Iema prazo até julho deste ano para conclusão.

Outras ações em andamento são a instalação de 14 lavadores de rodas nos pátios de estocagem e a conclusão de 54 mil dos 180 mil metros quadrados previstos para pavimentação até 2022.

Emissões

O representante da ONG Juntos SOS ES Ambiental, Eraylton Moreschi, questionou o representante da Vale sobre o fim das emissões visíveis de poluentes. De acordo com a apresentação de Fracalossi, em 2010, a emissão era de 297 kg/hora de poeira difusa e, atualmente, é de 41 kg/hora. O objetivo é atingir o índice de 21 kg/hora até 2023.

Mas, segundo Moreschi, os dados coletados em estações de monitoramento na Ilha do Boi mostram aumento entre 57 e 70% na poeira sedimentada comparando os meses de março de 2020 e 2021.

O representante da ONG apresentou outros questionamentos mais detalhados que serão encaminhados para a Vale e para o Iema para resposta. O presidente da Comissão de Meio Ambiente, deputado Dr. Rafael Favatto (Patri), informou que marcará também uma reunião com o Iema para tratar do tema.

“A gente sabe que tem muito a ser feito. Não é uma tarefa fácil. Não vai ser solucionado em um curto espaço de tempo. Há um tempo nem a área ambiental era tão organizada. Quando a gente fez a CPI em 2015 (CPI do Pó Preto), o investimento previsto para a área ambiental era irrisório. Que esse empenho se perpetue”, concluiu Favatto.

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