Bendita Feira reúne trabalho de jovens na Ales
Participantes do Laboratório de Potencialidades Capixaba (LabPoca), que funciona nos Centros de Referência das Juventudes (CRJs), expõem trabalho na Ales até quinta (11)
Acessórios, bijuterias, bordados, peças em crochê, ecobags, opções para presentear e itens de decoração, além de alimentos como doces e pães, estão entre os destaques da Bendita Feira, aberta nesta terça-feira (9) e que segue até quinta-feira (11), no Espaço Assembleia Cidadã, no térreo da Assembleia Legislativa.
A feira reúne o trabalho de jovens participantes do Laboratório de Potencialidades Capixabas (LabPoca) do Centro de Referência da Juventude (CRJ) Território do Bem. O LabPoca é um espaço de fomento à economia criativa que busca o desenvolvimento das comunidades contempladas no Programa Estado Presente, do governo do Estado.
A iniciativa tem apoio da Comissão de Cultura e Comunicação Social, presidida pela deputada Iriny Lopes (PT), que fez questão de elogiar a administração do presidente Marcelo Santos (União) por abrir ainda mais a Casa para que as entidades possam expor e vender os seus produtos.
Uma das expositoras, Lorena Ferreira, de 26 anos, participa pela primeira vez da Bendita Feira e apresenta o trabalho em crochê. ”Sou crocheteira desde a adolescência (…). Sou estudante de terapia ocupacional da universidade federal e aí teve uma disciplina que a gente conseguiu chegar mais perto desses anexos, que tratam a respeito da juventude. Na teoria eu tive um pouco de acesso a isso, mas na prática, com a exposição, eu tive a oportunidade de conhecer eles (Território do Bem) e me chamaram para ser oficineira e compor o LabPoca também”.
Segundo a organizadora da feira, Sheila Nogueira, a confecção dos itens expostos teve início há dois meses, com valor que parte de R$ 4. Uma parte da feira é dedicada à colaboração com Otto Rodrigues. Além de servir de inspiração, algumas peças em carpintaria produzidas pelo senhor de 97 anos estão expostas na mostra.
O trabalho de Otto Rodrigues ganhou notoriedade além do estado após ele receber a visita de uma italiana que comprou alguns raladores (também conhecidos como amassadores) de feijão para dar de presente aos familiares. De lá para cá, o Boteco do Vovô – na verdade uma mercearia – vem sendo divulgado mundo afora. De acordo com Sheila, apesar do nome, no local o destaque são artesanatos e móveis, como banquinhos coloridos, cofres e raladores de feijão.
Ele relatou, emocionado, um pouco de sua vida no Morro São Benedito, em Vitória, e lamentou os desencontros familiares que o afastaram de seus quatro filhos. “Expor os meus produtos aqui na Ales é muito bom, pois é uma janela que se abre e eventos, como a Bendita Feira, me revitalizam”, disse Otto.
Nascido em Nova Almeida, na Serra, Otto se mudou em 1964 para o Morro de São Benedito, em Vitória. Dez anos depois abriu o mercadinho Boteco do Vovô. Iniciou na marcenaria de forma autodidata, ao ser convocado para fazer uns bancos para a igreja que frequentava.
Após 10 anos de pausa nas atividades, resolveu transformar o Boteco do Vovô numa oficina de carpintaria. O nome foi mantido por já ser conhecido e ter conexão afetiva e carinhosa com os moradores do bairro.
Mesmo sem estudo na área, mas com conhecimentos ancestrais, sua primeira produção foram os banquinhos coloridos. Logo após, iniciou a confecção de cofres e raladores de feijão.
SERVIÇO
Bendita Feira
até dia 11.07
Espaço Assembleia Cidadã – Térreo da Assembleia Legislativa
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