Coronéis da Polícia Militar descartam greve da polícia no ES

Coronéis da Polícia Militar descartam greve da polícia no ES

Em uma nova carta, 15 coronéis do alto escalão da Polícia Militar negaram que haveria a preparação para uma nova greve da corporação, como a ocorrida em 2017.

O documento, agora endereçado à sociedade capixaba, está circulando na tarde desta quarta-feira (08) em redes sociais dos militares e também em sites de associações dos agentes como a Associação dos Oficiais Militares do Espírito Santo (Assomes)/Clube dos Oficiais.

Em um trecho, eles afirmam que está havendo “inúmeras manipulações e distorções da verdade”. A referência é à outra carta, escrita na semana passada e enviada ao secretário estadual de Segurança Pública, Alexandre Ramalho, com reclamações da categoria, com queixas sobre as atuais condições salariais dos policiais no Espírito Santo e cobrando mais diálogo com o Governo do Estado.

Foto: ReproduçãoCarta foi publicada no site da Associação dos Oficiais Militares do Espírito Santo (Assomes)/Clube dos Oficiais

Os autores reforçaram que a última carta não conteria nenhuma ameaça ou plano de paralisação da categoria.

“O que obviamente se trata de uma campanha caluniosa e difamatória perpetrada por interesses escusos, sem qualquer compromisso com a proteção da sociedade, o que não é o caso destes coronéis, fiéis defensores da lei e da ordem, da hierarquia e disciplina, conforme já se testemunhou no passado e até hoje por seus pares e subordinados. Quanto aos agentes responsáveis por tamanha leviandade serão adotadas as medidas judiciais próprias”, afirmam os coronéis.

Os “agentes” a quem eles se referem não se tratam de policiais. Segundo fonte ligada ao grupo dos coronéis,  trata-se de um blog de notícias, que, na visão do grupo, está disseminando fake news.

A fonte também fala que a carta anterior respeitou toda a hierarquia e o tratamento profissional de acordo com a atual administração do Governo do Estado.

Discussão interna

O texto da carta descreve que o documento era para discussão interna, “dirigido a autoridade máxima da segurança pública, mediante ciência dada ao Comandante-Geral”.

“Na última quinta-feira, (dia 1 de dezembro), logo após o secretário despachar de volta a solicitação de agenda de reunião, uma reunião de Alto Comando foi convocada pelo Comandante-Geral sendo que todos os assuntos corporativos foram apresentados e comprometendo-se o Cmt Geral em dar encaminhamento interno e aos escalões superiores para resposta ao Alto Comando da PMES, como sempre foi a praxe gerencial na PMES, de maneira que reafirmamos nosso compromisso com a ética, lealdade, verdade e integridade institucional, respeitando as autoridades legais e instituídas do Comando-Geral, Secretário de Segurança Pública e Governador do Estado”, diz a carta.

A Associação de Cabos e Soldados da Polícia Militar e Bombeiro Militar do Estado do Espírito Santo (ACS-ES)foi procurada também para se posicionar a respeito das ações do governo estadual e os desdobramentos a partir da primeira carta assinada pelos 15 coronéis, onde cita que a tropa estava insatisfeita.

 A instituição afirmou que irá se posicionar ainda na tarde desta quarta-feira (08).

Reprodução Folha Vitória