Cuidado e atenção para o câncer de mama é discutido na Ales
Embora o câncer de mama ganhe foco no mês de outubro, por meio da tradicional campanha “Outubro Rosa”, o tema requer cuidado, atenção e informação o ano inteiro. O câncer de mama atinge uma em cada dez mulheres e as chances de cura são reais e maiores quanto mais rápido for o diagnóstico da doença. A Comissão de Saúde debateu o assunto na reunião desta terça-feira (5), destacando a importância da assistência preventiva e os avanços na área oncológica a partir de duas ações que são desenvolvidas no Estado, uma no Hospital Santa Rita e outra na Santa Casa de Vitória.
Os dados mais recentes do Instituto Nacional de Câncer (Inca) mostram que a estimativa para 2021, no país, é de mais de 66 mil novos casos da doença. Vale lembrar que o câncer de mama não tem somente uma causa, embora a idade seja um fator de risco para a doença, já que quatro em cada cinco casos são em mulheres com mais de 50 anos. Obesidade, sedentarismo, tabagismo e consumo de bebidas alcoólicas são apontados como fatores que aumentam o risco. Conhecer o próprio corpo é muito importante, pois alterações na mama precisam sempre ser investigadas.
“Cada vez mais avançamos nessa questão, com recursos mais avançados e com a possiblidade de diagnóstico precoce. É fundamental garantir acesso a exames preventivos, principalmente na rede pública de saúde”, destacou o presidente do colegiado, deputado Doutor Hércules (MDB).
O deputado Dr. Emílio Mameri (PSDB) também destacou a importância da assistência preventiva. “Quando falamos de câncer, e não apenas do caso do câncer de mama, o diagnóstico precoce é o grande aliado. A informação, o autocuidado e o acesso a exames preventivos são essenciais”, disse o parlamentar.
Afecc – Hospital Santa Rita
Com quase 70 anos de atuação no Estado, a Associação Feminina de Educação e Combate ao Câncer (Afecc) trabalha em várias fases do processo, desde a educação e prevenção, passando pelo diagnóstico e tratamento, até a reintegração do paciente. A entidade é ligada ao Hospital Santa Rita, constituindo-se o principal complexo oncológico do Estado. A diretoria é composta por mulheres voluntárias e as atividades também são mantidas por uma equipe de mais de 200 voluntários.
Vale destacar que, embora o hospital atenda pela rede pública, convênios e serviços particulares, a maior parte do trabalho é para o Sistema Único de Saúde (SUS). Para se ter uma ideia, do total de atendimentos de 2020, 80% corresponde à rede pública.
“Trabalhamos sempre pela humanização do atendimento e também com foco na informação, porque ela é a grande ferramenta para que as pessoas se cuidem”, disse a diretora de relações institucionais da Afecc, Lea Regina Penedo Gonçalves.
Juntos pela Mama – Santa Casa de Vitória
Outra iniciativa é a campanha “Juntos pela Mama”, também de caráter voluntário e com foco no atendimento e tratamento de pacientes do SUS. A ação é desenvolvida no Hospital Santa Casa de Misericórdia, em Vitória. Em 2020, o trabalho avançou na assistência, zerando a fila de espera de cirurgias, reduzindo o número de mastectomias totais (retirada da mama) a partir do uso de novas tecnologias e ampliando também o acesso às “toucas geladas”, recurso que evita a queda total dos cabelos das pacientes.
De acordo com o oncologista clínico Vitor Fiorin de Vasconcellos, os desafios na área ainda são muitos. “É preciso garantir que as pacientes tenham acesso mais rápido ao tratamento, para que a resposta seja cada vez melhor”, salientou.
Reprodução Ales
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