Política de tratamento da elefantíase tramita na Ales

Política de tratamento da elefantíase tramita na Ales

Proposta lida na sessão desta segunda-feira (5) busca combater incapacidades permanentes e de longo prazo causadas pela doença parasitária

Começou a tramitar na Assembleia Legislativa (Ales) a proposta de criação de uma política estadual de combate à filariose linfática. Trata-se do Projeto de Lei (PL) 436/2024, do deputado Dr. Bruno Resende (União). Considerada uma das maiores causas mundiais de incapacidades permanentes ou de longo prazo e conhecida como elefantíase, a doença é transmitida pela picada da fêmea do mosquito Culex Quiquefasciatus, conhecido como pernilongo ou muriçoca. A matéria foi lida em plenário nesta segunda-feira (5), durante a primeira sessão ordinária após o retorno dos trabalhos legislativos.

A proposta consiste na adoção de medidas, por meio de ações coordenadas em parceria com os segmentos interessados da sociedade civil organizada, contemplando o estímulo ao tratamento da doença, apoio às campanhas de informação, criação de cartilhas informativas e estímulo à colaboração entre governos, empresas e a sociedade civil para o maior tratamento da doença.

Diagnóstico e tratamento

O objetivo é gerar maior esclarecimento sobre essa doença. O diagnóstico é feito a partir de exames laboratoriais, como exame de sangue ou anticorpos, e seu tratamento é realizado com o uso de antiparasitários e, em alguns casos, antibióticos.

O proponente explica que “os primeiros sintomas costumam ser processos inflamatórios (desencadeados pela morte do verme adulto) localizados nos vasos linfáticos (linfangite), com febre, calafrio, dor de cabeça, náusea, sensibilidade dolorosa e vermelhidão no escroto, cordão espermático, mama e membros inferiores, sendo frequentes os casos com ataques repetidos de linfangite, linfadenite (inflamação dos nódulos linfáticos) e lesões genitais. A evolução da filariose é lenta”.

O nome popular da doença é devido às inflamações com acúmulo anormal de líquidos nos vasos linfáticos, causando inchaço dos braços, pernas, seios e testículos, que podem levar à incapacidade. A matéria irá tramitar agora pelas comissões de Justiça, Saúde e Finanças, antes de ser votada em plenário pelos deputados.

Ordem do dia

As matérias que constavam na ordem do dia foram sobrestadas por conta do pedido de vistas do deputado Tyago Hoffmann (PSB), na Comissão de Justiça, ao veto parcial do governador ao Projeto de Lei (PL) 11/2023, do deputado Alexandre Xambinho (Podemos). De acordo com o Regimento Interno da Casa, os vetos governamentais obrigatoriamente encabeçam as pautas de votações, e quando não são analisados durante a sessão, ficam prejudicadas as demais matérias da ordem do dia.