Reunião destaca importância das cooperativas mirins como tema central

Reunião destaca importância das cooperativas mirins como tema central

Comissão de Cooperativismo recebeu alunos e professores de escola pública de Cachoeiro onde iniciativa foi criada em abril deste ano

Nesta terça-feira (5), alunos e professores da escola estadual de ensino integral Francisco Coelho Ávila Junior, em Cachoeiro de Itapemirim, estiveram na Assembleia Legislativa (Ales), para apresentar a Coop-Sul – a primeira cooperativa mirim do sul do Espírito Santo, fundada em abril deste ano.

Fotos da reunião

Os participantes da Comissão de Cooperativismo falaram sobre os benefícios da iniciativa realizada dentro da unidade, como o desenvolvimento de habilidades e competências que disseminam o princípio do cooperativismo, além do impacto positivo das atividades sobre o aprendizado.

O presidente do colegiado, deputado Allan Ferreira (Podemos), destacou que as práticas pedagógicas adotadas no projeto incentivam “o senso de reponsabilidade social e o trabalho em equipe, além de ajudar a construir um futuro promissor para os jovens e familiares”.

A Coop-Sul é fruto de parceria com a Sicoob, responsável pelo Programa Cooperativa Mirim, explicou a representante da instituição, Sandra Martins. A iniciativa foi criada há 5 anos e é voltada para alunos de escolas públicas e particulares, com idade entre 8 e 17 anos, além de organizações da sociedade civil.

Antes mesmo de a cooperativa mirim começar a funcionar, os professores são capacitados e recebem materiais didáticos de orientação com a metodologia de ensino, focada na promoção da “cidadania, por meio do desenvolvimento de valores, práticas participativas e cooperativas no espaço da escola”.

De acordo com Sandra Martins, a iniciativa tem impacto social positivo sobre os estudantes, que também recebem material de apoio para desempenhar as atividades. De acordo com a convidada, atualmente existem 10 cooperativas mirins no Espírito Santo com mais de 450 associados.

Orientadora da Coop-Sul, a professora de Matemática Giullia Faes, disse que os alunos se reúnem uma vez por semana, às quintas-feiras, durante dois tempos de aulas eletivas. Nesse período são desempenhadas atividades teóricas – como o estudo do guia metodológico – e práticas – como a produção do objeto de aprendizagem.

Nesse caso, revela a professora, os alunos produzem o sacolé gourmet. “A partir da produção e da venda desse sacolé dentro da própria escola, os alunos conseguem desenvolver o empreendedorismo, a cooperação, o trabalho em grupo”, contou.

Conforme disse, com esses encontros os estudantes conseguem desenvolver “muitas habilidades”, como as de fala e escuta, o empreendedorismo, a colaboração, a cooperação, o trabalho em grupo. “Ao longo do ano a gente consegue perceber esses desenvolvimentos nos nossos alunos”, observou.

Daniel Garcia é o presidente da Coop-Sul. Ele disse que os princípios cooperativistas contribuíram para a realização de atividades sociais, como a participação na campanha do agasalho, cuja arrecadação de roupas foi destinada a um abrigo no bairro da escola, visando ao bem-estar da comunidade.