Setor de eventos na pandemia é tema de discursão na Ales
Em reunião realizada nesta segunda-feira (8), representantes que atuam no turismo capixaba pediram à comissão temática da Casa um “olhar especial” para o setor, que há um ano opera com restrições em decorrência da pandemia de Covid-19. Muitos dos participantes lembraram da contribuição do segmento para a economia.
O secretário de Turismo, Esporte e Cultura de Viana, José Olavo Medici Macedo, pediu “um olhar muito próximo ao setor de eventos, que está sofrendo muito”, diferentemente de algumas outras áreas, como a hotelaria, que consegue manter algum tipo de atividade. “O setor de eventos realmente está parado”, revelou.
Responsável pela organização da Festa da Penha, Raimundo Nonato fez coro ao colega, reiterando o momento ímpar enfrentado pela área de eventos. Nonato cobrou uma discussão sobre o turismo no momento atual e pós-pandemia e alertou sobre a necessidade de um canal de diálogo para debater medidas para manter as empresas. “Vai existir alguma empresa de eventos ainda aberta?”, indagou.
Segundo ele, a Festa da Penha reúne cerca de 2,5 milhões de pessoas nas ruas de Vitória e Vila Velha e a não realização desse evento gera um “grande impacto na nossa economia”.
“Nenhum setor sofre mais do que o setor de eventos”, concordou o presidente do colegiado, Carlos Von (Avante). “De fato a gente precisa ter um olhar especial e na falta dos eventos o que a gente vem acompanhando no Brasil inteiro, e não só no Espírito Santo, são as festas clandestinas. Tenho certeza de que, de fato, é isso aí que está propagando esse vírus”, pontuou.
Representando a Prefeitura de Vila Velha, Maria Amália Queiroz Belo reforçou a cobrança junto ao colegiado. “O turismo foi um dos setores mais impactados nessa pandemia, aviões parados, os bares e hotéis fechados”, relatou. “A gente conta com essa comissão para poder desenvolver o turismo na Região Metropolitana”, destacou.
A reunião também teve a participação da ex-deputada Luzia Toledo, atualmente diretora de Turismo da Companhia de Desenvolvimento de Turismo e Inovação de Vitória (CDTIV). Toledo falou da importância das atividades do segmento para a economia e de projetos que devem ser implantados pela prefeitura na área.
Fechamento de estabelecimentos
Sobre as dificuldades enfrentadas, o deputado Torino Marques (PSL) reforçou o prejuízo que impactou a rede hoteleira, bares e restaurantes, sistemas de transporte e até profissionais como guias turísticos. “A cada momento presenciamos mais estabelecimentos fechados, mais empregos sendo perdidos”, destacou.
De acordo com ele, desde o início de 2020 os eventos de lazer e negócios têm sido cancelados com implicações negativas em toda a cadeia do turismo, comprometendo a geração de emprego e renda e com muitos profissionais ligados ao setor passando por sérias dificuldades financeiras.
Torino disse que os empresários do ramo estão se adequando aos protocolos sanitários para receber os turistas, mas mesmo assim “estão sendo sangrados na alma”.
O presidente do Convention Bureau, Elcimar Teixeira de Paula, defendeu a manutenção das atividades de turismo, desde que o trabalho seja bem feito a partir da adoção dos protocolos de segurança do governo. “A gente tem que caminhar”, afirmou.
Reprodução PMV
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