Três candidatos disputam a Prefeitura de Itapemirim na eleição suplementar neste domingo (5)
Três candidatos disputam a Prefeitura de Itapemirim na eleição suplementar marcada para o próximo domingo (05). O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) marcou uma nova eleição após cassar a chapa do prefeito eleito Thiago Peçanha e do seu vice, Niltinho Santos, por abuso de poder político. A Justiça considerou ilegais as nomeações feitas na prefeitura em 2020 por Peçanha.
Niltinho (PSDB) inclusive é um dos candidatos. Como ele não perdeu os direitos políticos com a cassação – como ocorreu com Peçanha –, ele disputa a prefeitura e tem na chapa, como vice, Rogério Paresqui (MDB). Em suas redes sociais e em discursos, ele tem tentado dissociar sua imagem à do ex-prefeito Peçanha.
Outro candidato é o prefeito interino Zé Lima (PDT), que tem na chapa Carlinhos de Bricio (Republicanos) como vice. Em 2020 Zé Lima foi eleito vereador e presidente da Câmara de Itapemirim, porém, com a cassação do prefeito e do vice, assumiu o comando do município interinamente. Logo que assumiu, gerou polêmica ao nomear a esposa e o irmão para estarem à frente de secretarias do município.
O terceiro candidato é Dr. Antônio (PP) com o vice Fabio Dagata (PSB). Dr. Antônio chegou a disputar a prefeitura em 2020, conquistando 46,02% dos votos (Thiago Peçanha teve 51,74%) e conta, nesse ano, com apoio de medalhões, ligados ao seu partido e ao governo do Estado. Em suas redes sociais tem pedido de voto até de Tiririca.
Ninguém assume que tem o apoio do ex-prefeito Peçanha e de seu grupo na campanha. Nos bastidores, aliados de cada um dos candidatos “acusam” os adversários de, se eleitos, levarem a antiga administração para dentro da prefeitura. Porém, há quem já tenha visto pessoas ligadas a Peçanha e ao ex-prefeito Luciano Paiva em alguns palanques durante a campanha.
Itapemirim, que até entre os moradores tem o apelido de “Sucupira Capixaba” – cidade fictícia da novela “O Bem-Amado”, comandada pelo prefeito corrupto Odorico Paraguaçu –, vem de anos de instabilidade política e jurídica.
Desde 2014, pelo menos, a cidade convive com afastamentos de prefeitos, operações policiais, condenações, ameaças, mais afastamentos, brigas e confusões entre parlamentares, cassação de mandatos e novas eleições. Antes de Peçanha, o então prefeito Luciano Paiva também foi afastado e condenado pela Justiça por irregularidades em contratos de shows.
Fonte: Folha Vitória
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