Profissionais de Saúde Expressam Insatisfação com Contratação em Hospitais
A prestação de serviços no Hospital Materno Infantil da Serra foi tema de reunião extraordinária da Comissão de Saúde nesta terça-feira (10). Médicos obstetras sócios da empresa que prestava serviço ao hospital alegam que a empresa que hoje atua na unidade, contratada por chamamento público, não fornece a quantidade de profissionais necessária, o que poderia prejudicar o atendimento à população.
A médica Rosângela Maldonado declarou que, além do contrato com o Materno Infantil da Serra, também foram descontinuados contratos com as maternidades públicas de Cariacica e a Pró-Matre, em Vitória. “O que temos ciência é que as escalas nas maternidades de onde saímos não estão completas, não estão sendo cumpridas em sua totalidade e isso pode causar desestruturação de todo o serviço de obstetrícia no estado”, alertou.
Os médicos pedem que os órgãos fiscalizadores, como Ministério Público, avaliem os novos contratos e a qualidade dos serviços atualmente prestados. “Nós entendemos que os contratos vão e voltam, mas o que realmente queremos é que os órgãos olhem para a qualidade da assistência que está sendo prestada e a segurança dos atendimentos, para que as gestantes não sofram infortúnios por conta dessas mudanças”, disse.
O debate na comissão foi proposto pelo vice-presidente do colegiado, deputado Pablo Muribeca (Patri). “É grande a preocupação que os médicos nos trazem de que o espaço público, e em específico, o Hospital Materno da Serra está sem a quantidade necessária de profissionais para atender a população. Precisamos ter uma solução. Vamos cobrar respostas do Conselho Regional de Medicina, do sindicato e do Ministério Público”, afirmou o parlamentar.
O Hospital Municipal Materno Infantil da Serra foi inaugurado em fevereiro de 2022 e realiza cerca de 400 partos por mês. Conta com 60 leitos de internação de baixo risco e 10 salas de parto, além de um centro cirúrgico e quatro leitos de emergência para os recém-nascidos. A unidade hospitalar pertence ao município da Serra e o contrato de gestão é com a Santa Casa de Misericórdia de Vitória. O hospital e o Ministério Público foram convidados para a reunião, mas não enviaram representantes.
Fonte: Ales
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