A Academia e a Agenda 2030
Por Cesar Allbenes
No artigo anterior, apresentamos como o Setor Empresarial está contribuindo para a realização da Agenda 2030 da ONU no Brasil. Neste artigo, mostraremos como a Academia também pode contribuir para a implementação da Agenda 2030. Compreendemos entidades da Academia, as Universidades, Faculdades e Institutos de Ensino e Pesquisa, como os Institutos Federais; que realizam o ensino, a pesquisa e a extensão.
A Academia pode contribuir e muito com a divulgação da Agenda 2030/17 ODS incorporando-os nas diversas disciplinas dos cursos de graduação oferecidos, e também promovendo ações concretas em prol de sua realização. Na pesquisa, a academia pode ajudar na apuração dos indicadores dos 17 ODS, no monitoramento destes e em sua avaliação permanente.
Além de propor estudos que ajudem no cumprimento das 169 metas até 2030, através dos Projetos de Iniciação Científica, das Dissertações de Mestrado e das Teses de Doutorado. Na extensão universitária, os diversos projetos podem propagar para a sociedade civil o que é a Agenda 2030 e os 17 ODS, bem como colaborar com projetos e eventos em prol da sua efetivação no plano local dos municípios.
Uma das grandes preocupações no Brasil, é a veracidade dos dados sobre a realidade, o que se não for feito com o rigor próprio da ciência, pode acabar prejudicando a realização das políticas públicas.
Por isso, a Academia pode e deve nos ajudar a conhecer a realidade de forma mais profunda, compreendendo as causas dos problemas sociais e ajudando a apontar soluções. Além do monitoramento, isto é, do acompanhamento rigoroso da melhoria ou da piora dos indicadores dos 17 ODS. Essa avaliação pode tanto ser quantitativa como qualitativa, medindo se os órgãos do Estado, da Sociedade Civil e do Setor Empresarial estão trabalhando pelo cumprimento das metas estabelecidas pela Agenda 2030.
Assim, a partir do monitoramento e da avaliação rigorosa dos indicadores dos 17 ODS, poderemos ir melhorando ano após ano as realizações da Agenda 2030. Aqui a Academia pode também colaborar com os processos de planejamento das políticas públicas, o que se fará com base em evidências a partir do uso de ferramentas próprias das ciências.
Por isso o rigor científico no estudo das realidades locais e nacionais, o uso de pesquisas baseadas em estudos estatísticos dos dados apurados e a análise a partir das teorias científicas elaboradas pela Academia; são fundamentais para o avanço no cumprimento da Agenda 2030 e dos 17 ODS.
Confira no site: https://www.guiaagenda2030.org/, “Integrando ODS, Educação e Sociedade” uma iniciativa da UNESP (Universidade Estadual Paulista) e UNB (Universidade de Brasília) em prol da construção de uma Rede de Universidades 2030, comprometida com a Agenda 2030. Portanto podemos concluir que o papel da Academia é fundamental, para o cumprimento das metas e a melhoria dos diversos indicadores que compõe os 17 ODS.
Graduado em Filosofia pela UFES (Universidade Federal do Espírito Santo), Mestre em Educação pela UFES (Linha de Pesquisa: Educação, Trabalho e Qualificação Profissional).
Doutor em Serviço Social pela UERJ (Linha de Pesquisa: Trabalho e Políticas Sociais) Pós-doutor em Política Social pela UFES (Universidade Federal do Espírito Santo) Docente de Cursos de Graduação e Pós-Graduação. Escritor, Pesquisador da Agenda 2030 da ONU, Consultor Político e Palestrante
