Alunos simulam abertura da reunião anual da ONU

Alunos simulam abertura da reunião anual da ONU

Evento da MiniONU foi realizado no Plenário Dirceu Cardoso e debates sobre geopolítica prosseguem no sábado em escola em Vitória

O Plenário Dirceu Cardoso foi palco, na noite desta quinta (20), de simulação da abertura da reunião anual das Nações Unidas. O projeto MiniONU acontece em várias capitais do país e, no estado, é realizado pela rede de colégios do Sistema Educacional Brasileiro (SEB).

Na edição deste ano, as atividades reúnem 80 alunos do ensino médio das unidades do SEB de Vitória e Vila Velha. Na abertura do evento, o coordenador pedagógico do SEB Vitória,  Hélio Farias, explicou que “os debates em si acontecem neste sábado (22), no SEB de Vitória. Uma oportunidade dos alunos exercitarem o poder do discurso e da oratória, além do exercício do diálogo”, afirmou.

Letícia Pavesi,  do SEB de Vila Velha, veio vestida de palestina para representar o trabalho de uma jornalista correspondente da rede de TV Al Jazeera. “Minha simulação busca mostrar o tipo de abordagem dessa importante rede internacional de televisão, que foca os debates da ONU numa linha editorial alinhada com a causa dos povos palestinos”, explicou.

A estudante considerou “grave” para a humanidade o fato de a Al Jazeera, emissora estatal do regime islâmico do Qatar, ter sido banida de Israel pelo primeiro ministro Benjamin Netanyahu em maio deste ano. “Isso demonstra que ali (em Israel) o exercício da imprensa não é livre”, avaliou a aluna.

Nova geopolítica 

Outro estudante que participou do evento foi Abraão Saleme Corrêa, que estuda no SEB de Vitória e é representante do Equador. Ele disse que o papel dos países latino-americanos na sessão da ONU é aproveitar o espaço para dizer ao mundo quais são os desafios das nações que compõem o continente americano.

“As decisões da ONU estão nas mãos de poucos países poderosos; acredito que seria importante haver uma mudança nisso, porque o mundo hoje tem outra configuração geopolítica”, opinou.

Diplomacia 

O professor Hélio Farias acrescentou que o mais importante é despertar nos alunos o entendimento de que os conflitos mundiais devem ser resolvidos por meio da diplomacia, e não de guerras.

A simulação da sessão de abertura dos trabalhos da ONU contou com apoio do deputado Gandini (PSD). Para o parlamentar, as atividades são importantes, pois possibilitam ao jovem compreender a complexidade do mundo na atualidade, enfrentando conflitos e guerras em vários continentes.

“É uma oportunidade de aprenderem ainda sobre gestão pública, já que no âmbito da ONU são discutidos também temas importantes que envolvem políticas públicas para o desenvolvimento sustentável do planeta”, pontuou.