Bastidores: PSB pede reeleição de Casagrande, governador adia decisão e PT falta
Num evento lotado de lideranças políticas, prefeitos, parlamentares e presidentes de diversos partidos, O PSB realizou na manhã deste domingo (27), em Vitória, o seu congresso estadual, com a cúpula socialista lançando o nome do governador Renato Casagrande à reeleição. Ou melhor, pedindo que ele seja candidato ao governo novamente. O governador, porém, adiou mais uma vez a decisão, mas afirmou que o projeto que ele lidera vai ter candidato ao governo.
“Eu lidero um projeto hoje e esse projeto vai ter representante na eleição. Vocês sabem, eu tô jogando para os meses de maio ou junho, quando decidirei a minha posição, se serei candidato ou não ao governo. Quero agradecer todo o carinho de vocês comigo aqui, mas o Estado, nesse momento, precisa mais de governador do que de candidato a governador. Mas o projeto que eu lidero vai ter candidato a governador”, disse Casagrande.
O discurso do governador encerrou o congresso e veio após membros do PSB levantarem coro pedindo “Fica, Casagrande!”. Durante evento, até um jingle de campanha foi tocado, fazendo fundo musical a discursos apaixonados, pedindo a reeleição do governador.
Um deles, foi o do deputado Bruno Lamas, que chegou a ficar vermelho, ao puxar o coro de “Renato, Renato”, durante seu discurso. A vice-governadora, Jacqueline Moraes, fez coro e puxou um “Fica, Casão”, em seu momento de fala. Os deputados que se filiaram ontem ao partido – Luciano Machado e Janete de Sá – também endossaram os apelos, além da militância, bastante animada, entoando palavras de ordem e gritos de guerra pela reeleição de Casagrande.
Casagrande ovacionado em evento / crédito: Hélio Filho
O PSB conseguiu reunir diversos partidos no evento, o que não deixa de ser uma demonstração de força ao projeto de construir uma frente ampla no Estado. Estiveram presentes: o deputado Vandinho Leite, presidente estadual do PSDB; o deputado Fabrício Gandini, presidente estadual do Cidadania; o secretário Fabrício Machado, presidente estadual do PV; Neto Barros, presidente estadual do PCdoB; Weverson Meireles, presidente estadual do PDT e Marcos Delmaestro, secretário-geral do PP de Vitória. Também estiveram presentes assessores da senadora Rose de Freitas, representando o MDB. E Casagrande fez questão de enfatizar isso: “No nosso Estado, o PSB sempre teve histórico de alianças amplas. Sempre cimentou grandes alianças”.
No entanto, foi notada a ausência do PT, que foi convidado para o evento e era muito esperado, mas não enviou nenhum representante. O PT tem colocada a pré-candidatura do senador Fabiano Contarato ao governo, mas nacionalmente, os dois partidos negociam caminhar juntos. “O partido caminha, nacionalmente para fazer apoio ao presidente Lula, é um caminho natural que o partido está construindo. Outro caminho que podemos ter é o da candidatura do Ciro Gomes (PDT), uma pessoa que eu gosto muito”, disse Casagrande.
Também foi notada a ausência de representantes do Podemos, aliado de primeira hora do governador. Os representantes partidários que estiveram presentes foram chamados à mesa de autoridades e tiveram momento de fala, todos no apoio à continuidade do governo de Casagrande.
Mesmo o governador não assumindo a disputa à reeleição – talvez por estratégia, para não antecipar, mais ainda, o já precoce debate eleitoral –, o congresso do PSB foi todo em clima de campanha e, dificilmente (chance é perto de zero), o partido terá outro nome à disputa ao governo que não o de Casagrande.
Reprodução: Folha Vitória
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