Capixabas apontam investimento em educação como algo essencial para combater a violência
As ideias para melhorar a segurança pública são preocupações constantes da população. Um levantamento da Futura Inteligência aponta que o segmento está entre as três prioridades para o eleitor capixaba nos próximos anos.
A pesquisa encomendada pela Rede Vitória revela que, para os capixabas, a educação é a principal arma contra a violência. Cerca de 16,7% dos eleitores ouvidos apontaram os investimentos em estudo para a população como essencial.
Melhorar as polícias (15,3%) e contratar mais policiais (14,7%) foram outros pontos destacados no levantamento.
A professora do Departamento de Ciências Sociais da Universidade Federal do Espírito Santo, Márcia Rodrigues, lembra que as questões de segurança pública devem ser discutidas de forma integrada com outros segmentos sociais.
“A segurança pública não é um assunto só de polícia. As políticas devem ser integradas. A segurança deve ser atravessada pela saúde, infraestrutura e projetos sociais, por exemplo. As questões de violência não se resolve de imediato. É preciso prevenção e politicas integradas. É uma questão que se resolve de médio a longo prazo”, disse.
Márcia lembra que, a curto prazo, algumas ações podem ser adotadas, como manter os projetos que tenha trago bons resultados para diminuir os incides de violência.
“A gente costuma ver sempre uma ruptura quando outro candidato ocupa o cargo. Mas as ações positivas, bem avaliadas, devem ser continuadas, independente de quem for eleito. No período de quatro anos, o eleito deve procurar o máximo possível a integração das secretarias, ouvir a população e conversar com entidades da organização civil que possam fazer a interlocução do Estado com as secretarias”, defendeu.
Ações do Estado devem ocupar todos os territórios
A especialista em segurança pública lembra que para combater a violência o Estado precisa desenvolver ações eficientes em todos os territórios.
“A segurança pública ainda é um grande desafio, em particular o mercado de drogas ilícitas, que envolve o tráfico e as organizações criminosas. Os estudos na área mostram que o tráfico ilegal se ocupa de territórios onde o Estado não é presente. Por isso, é tão importante que o Estado esteja em todas as áreas”, pontuou.
Ao todo, foram ouvidos 600 moradores do Espírito Santo com 16 anos ou mais. As entrevistas foram realizadas entre os dias 05 e 10 de setembro por telefonia assistida por computador. As pessoas ouvidas puderam escolher mais de uma opção dentre as apresentadas.
O índice de confiabilidade do levantamento é de 95% e a margem de erro é de 4 pontos percentuais para mais ou para menos.
Fonte: Folha Vitória
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