Comissão vistoria danos em cobertura de terminal
Teto do terminal de Itaparica já foi danificado várias vezes pelas chuvas; reparos custarão R$ 2,5 milhões
A Comissão de Infraestrutura da Assembleia Legislativa (Ales) realizou uma visita técnica ao terminal de ônibus de Itaparica, em Vila Velha, nesta segunda-feira (19). Em janeiro, fortes chuvas causaram o rompimento na cobertura do terminal, obra que foi entregue à população em 2021.
Segundo o gerente institucional do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia (Crea-ES), Giuliano Battisti, já é a quinta vez que ocorrem danos na estrutura. “Já foram feitos reparos na membrana, serviços de manutenção pontuais corretivos (…) e mesmo com os reparos, ao lado de onde os reparos estão sendo feitos, estão acontecendo novamente avarias nessa membrana. Então, o prognóstico é que continue acontecendo”, comentou o engenheiro que acompanhou a fiscalização.
O presidente da Comissão de Infraestrutura, deputado Alexandre Xambinho, disse que o colegiado solicitou à Companhia Estadual de Transportes Coletivos de Passageiros do Estado do Espírito Santo (Ceturb-ES), o laudo que está sendo elaborado por empresa contratada para levantar os problemas no local.
“Nós queremos esse laudo dessa empresa, até mesmo para a gente atestar quem são os responsáveis técnicos. Porque não pode o governo do Estado investir R$ 12 milhões numa obra como essa e a gente ter problemas recorrentes em uma obra (…) que foi entregue para a população em 2021”, afirmou Xambinho.
Após a entrega desse laudo, a comissão contará com o auxilio técnico do Crea para elaborar relatório a ser enviado aos órgãos competentes, como Ministério Público, Tribunal de Contas, Ceturb e Departamento de Edificações e de Rodovias (DER-ES), responsável pela execução da obra.
Reparos
Agora, a Ceturb destinará mais R$ 2,5 milhões para fazer os reparos na estrutura danificada. De acordo com o diretor administrativo e financeiro da companhia, Fábio Aguiar, os recursos são próprios e serão utilizados para a “manutenção do terminal como um todo”.
O serviço começa ainda nesta semana e tem o prazo de 90 dias para ser finalizado. Durante o período, alguns pontos do terminal serão interditados, mas, de acordo com o gestor, o objetivo é que não ocorra descontinuidade no serviço, até porque, segundo ele, a maioria dos reparos será realizada à noite.
“É importante uma análise bem profunda sobre como vai ser esse reparo, se vai ser feito reparo ou se vai ter que se mudar esse projeto, porque nós estamos vendo aqui algo que está recorrente e anualmente estão acontecendo fenômenos desse tipo em períodos de chuva”, comentou Battisti, representante do Crea.
“Se a opção dos gestores públicos (…) for de manter essa estrutura (…) vai ter que ser feita uma manutenção periódica e acompanhada de uma vistoria constante, porque, se não for feito assim, pelo que está acontecendo, de qualquer tipo de chuva, insolação, vento (…) se isso está sendo afetado diariamente ou diuturnamente, vão ter que existir inspeções periódicas, constantes e manutenções periódicas preventivas e corretivas”, opinou o engenheiro.
A Associação Brasileira de Engenheiros Civis (Abenc), presidida no Espírito Santo pelo engenheiro civil Jaime Veiga, também acompanhou a vistoria.
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