Dia Nacional do Café é lembrado no plenário
Nesta quarta-feira (24) é celebrado o Dia Nacional do Café e a data foi lembrada pelos parlamentares na Fase das Comunicações da sessão. O deputado João Coser (PT) destacou que o café é o principal produto agrícola capixaba e está presente em 70% das propriedades rurais do estado. Sobre o tipo conilon, Coser frisou que de cada três sacas produzidas no Brasil, duas são produzidas no Espírito Santo.
O deputado ressaltou, ainda, que a cafeicultura é responsável pela renda de pequenos, médios e grandes produtores e gera muitos empregos. Ele comentou sobre o lançamento do Programa de Desenvolvimento Sustentável da Cafeicultura na última segunda-feira (22) e a meta de aumentar a produtividade por hectare, já que o Espírito Santo é um estado territorialmente pequeno. “Quero homenagear quem está na ponta, que neste momento está na panha do café”, celebrou Coser.
O deputado Engenheiro José Esmeraldo (PDT) também lembrou a data e destacou que o Espírito Santo é responsável por 65% do café conilon do Brasil. Coronel Weliton (PTB) também falou sobre o tema, lembrando que o café também gera emprego e renda para o setor de agroturismo.
Racismo
Os ataques racistas ocorridos no último domingo (21) contra o jogador brasileiro Vinícius Junior, que atua na Espanha, também repercutiram em plenário. No início da sessão, no momento em que os parlamentares geralmente solicitam um minuto de silêncio em homenagem a pessoas falecidas, o deputado Tyago Hoffmann pediu silêncio em repúdio ao racismo sofrido pelo atleta.
“Precisamos dar um basta nesse tipo de situação. Não é brincadeira você chamar uma pessoa de macaco”, disse Hoffmann. O deputado Sergio Meneguelli (Republicanos) acompanhou a solicitação. “Esse minuto de silêncio serve como repúdio a essas pessoas que não entenderam que somos todos iguais. Quero repudiar também as palavras do senador Magno Malta referente a esse caso”, comentou Meneguelli.
O senador Magno Malta (PL) criticou a ampla cobertura da mídia sobre o caso. Os deputados Zé Preto e Capitão Assumção, também do PL, defenderam o colega de partido, alegando que a imprensa deu outro “direcionamento” ao que foi dito pelo senador. Hudson Leal (Republicanos) também disse que a fala do parlamentar federal teria sido destorcida.
“Nosso senador foi vítima. Eles (imprensa) pegam uma parte. O senador foi defender o Vinícius Junior. A gente vê uma imprensa colocar um pedaço de matéria e discriminando nosso senador Magno Malta. A imprensa coloca o que quer colocar e dá outro direcionamento”, discursou Zé Preto.
“Infelizmente o jornalismo profissional se perdeu há muito tempo”, comentou Assumção. “Pegaram somente uma fala do senador Magno Malta. Isso acontece diuturnamente aqui no Espírito Santo. Essa imprensa marrom, imprensa negra”, concordou Leal.
Já para a deputada Camila Valadão (Psol), a fala de Magno Malta “envergonha o estado do Espírito Santo”. “Enquanto a sociedade brasileira se manifesta em solidariedade ao jogador Vinícius Junior, visivelmente impactado, o senador envergonha o nosso estado, relativizando, para dizer o mínimo. O senador minimiza os impactos do racismo e presta um desserviço ao dizer que é um exagero”, discursou.
Valadão informou que o Psol vai acionar o Supremo Tribunal Federal (STF) e o Conselho de Ética do Senado. “Não dá para uma autoridade pública passar pano ou relativizar o racismo em 2023”, disse.
Fonte: Ales.
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