Disputa acirrada entre Lula e Bolsonaro sai na mídia estrangeira
![Disputa acirrada entre Lula e Bolsonaro sai na mídia estrangeira](https://politicacapixaba.com.br/wp-content/uploads/sites/15/2022/10/WhatsApp-Image-2022-10-29-at-13.58.03.jpeg)
Os últimos momentos da campanha presidencial no Brasil foram tema de reportagens de jornais de diferentes países, como Estados Unidos, Argentina, Espanha e França.
Veja abaixo como alguns dos veículos internacionais descrevem o momento político brasileiro perto da votação para decidir se o presidente será Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ou Jair Bolsonaro (PL).
“The Guardian”, Reino Unido
O jornal inglês fez um texto sobre o orçamento secreto e sua possível influência no resultado da votação.
“Quando os historiadores escreverem livros a respeito de por que tantos brasileiros votaram para a extrema direita, eles vão, justificadamente, focar em temas ideológicos, políticos e sociais. Mas há outra razão importante pela qual o presidente Jair Bolsonaro ainda é competitivo à medida que o segundo turno se aproxima: ele está distribuindo bilhões de um fundo para ‘comprar’ pessoas. O fundo é conhecido como ‘orçamento secreto’ porque não há supervisão da aplicação do dinheiro depois que é entregue aos legisladores”, afirma o texto.
![Imagem de reportagem do Guardian sobre o orçamento secreto — Foto: Reprodução/The Guardian](https://s2.glbimg.com/22n8ciQ87XB6VQWCIcrRBwUN9oE=/0x0:1213x907/984x0/smart/filters:strip_icc()/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_59edd422c0c84a879bd37670ae4f538a/internal_photos/bs/2022/s/9/cjuGflTqGeIAdD2ARb4Q/captura-de-tela-2022-10-27-172254.png)
“The Wall Street Journal”, EUA
O “Wall Street Journal” publicou um texto sobre as condenações de Lula na Justiça que foram posteriormente anuladas. De acordo com o jornal, uma eventual vitória de Lula sinaliza que os eleitores estão com a cabeça em questões econômicas.
![Texto do Wall Street Journal sobre as eleições brasileiras — Foto: Reprodução/The Wall Street Journal](https://s2.glbimg.com/dI5jrJygaKIiyzULhotmVptXHt0=/0x0:1278x835/984x0/smart/filters:strip_icc()/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_59edd422c0c84a879bd37670ae4f538a/internal_photos/bs/2022/B/r/THX3SyRWWMs3Z5ye2AQQ/captura-de-tela-2022-10-28-160501.png)
“Frankfurter Allgemeine”, Alemanha
O jornal alemão traz reportagem de seu correspondente em São Paulo intitulada “Com a raiva do desespero”, que mostra o esforço que a campanha de Jair Bolsonaro tem feito para “virar o jogo”, apesar de as pesquisas indicarem provável derrota no segundo turno. Cita a acusação de que rádios do Nordeste deixaram de veicular inserções de propaganda do atual presidente, que teve investigação rejeitada pelo TSE, e o episódio envolvendo a prisão de Roberto Jefferson.
![Jornal alemão trouxe reportagem sobre a campanha de Bolsonaro na reta final — Foto: Reprodução/FAZ](https://s2.glbimg.com/KHplyCoSKBBto5vQ6nkdzddOb2A=/0x0:999x775/984x0/smart/filters:strip_icc()/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_59edd422c0c84a879bd37670ae4f538a/internal_photos/bs/2022/d/O/Q8AE9uT2Wku6DzTJAHhw/eleicao-faz.jpg)
Jornal alemão trouxe reportagem sobre a campanha de Bolsonaro na reta final — Foto: Reprodução/FAZ
De acordo com a reportagem, Bolsonaro “está alimentando a ira de seus apoiadores mais radicais, que já se perguntam nas redes digitais o que fazer se Bolsonaro tiver a eleição ‘roubada’. Em caso de derrota de Bolsonaro, pode-se supor que seus apoiadores demonstrarão sua indignação com manifestações. Mais de 60% de seus eleitores disseram em uma pesquisa que não aceitariam a eleição de Lula da Silva”.
“Washington Post”, EUA
Um texto do “Washington Post” compara a polarização política no Brasil com a dos Estados Unidos.
![Reprodução de texto do Washington Post — Foto: Reprodução/Washington Post](https://s2.glbimg.com/I_rOIdCG7oyIazwfNhGUTefXMqU=/0x0:1558x523/984x0/smart/filters:strip_icc()/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_59edd422c0c84a879bd37670ae4f538a/internal_photos/bs/2022/8/B/RyyJOIRxGmaEUh800HDw/captura-de-tela-2022-10-27-172902.png)
“Toxidade e polarização define o discurso nacional. Um dos lados vê o outro como um grupo pecadores e de agentes do satanismo, patetas comunistas dispostos a doutrinar as crianças nas escolas e capturar a economia para seu projeto socialista. O outro lado vê seus oponentes como pessoas que arrastariam o país ao caminho do fascismo e da ruína, vomitando intolerância, misoginia e violência pelo caminho. Essa descrição poderia ser dos EUA, mas estamos falando do Brasil”, afirma o texto.
“The New York Times”, EUA
O “New York Times” publicou uma reportagem sobre as alegações de Jair Bolsonaro (PL) sobre as urnas eletrônicas no Brasil.
O jornal lista rapidamente algumas das falas do atual presidente e então diz: “Essas alegações são falsas, de acordo com autoridades eleitorais do Brasil, agências de verificação de fatos e especialistas independentes em segurança eleitoral que estudaram o sistema de votação eletrônica do país”.
![Imagem de página do New York Times sobre Bolsonaro — Foto: Reprodução/New York Times](https://s2.glbimg.com/AnCpb6nQmrlMDkHb45CT2lbpeUo=/0x0:1863x910/984x0/smart/filters:strip_icc()/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_59edd422c0c84a879bd37670ae4f538a/internal_photos/bs/2022/z/A/r8bedyRUA9uG1tksQiQA/captura-de-tela-2022-10-27-173036.png)
De acordo com o jornal, a insistência de Bolsonaro em questionar as urnas teve como resultado “uma campanha de um ano que torpedeou a fé de milhões de brasileiros nas eleições que sustentam uma das maiores democracias do mundo”.
“El País”, Espanha
O jornal tem acompanhado bastante as eleições no Brasil. Nos últimos dias, publicou uma reportagem sobre as denúncias de assédio eleitoral, inclusive por parte de empregadores.
![Reprodução de texto do El País sobre eleições no Brasil — Foto: Reprodução/El País](https://s2.glbimg.com/Uv1ipGlKY98alcshWZ3ccX8mgXk=/0x0:951x856/984x0/smart/filters:strip_icc()/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_59edd422c0c84a879bd37670ae4f538a/internal_photos/bs/2022/B/U/XwWyJvR4mbG0z76ZROHg/captura-de-tela-2022-10-27-175031.png)
Reprodução de texto do El País sobre eleições no Brasil — Foto: Reprodução/El País
“As denúncias registradas, 1.633 até agora na campanha, cresceram 670% em relação às eleições de 2018, segundo dados do Ministério Público até o meio-dia desta quarta-feira. O número de empresas processadas também é doze vezes maior do que há quatro anos”, publicou o “El País”.
“Libération”, França
O jornal publicou uma reportagem sobre informações falsas e sobre a atuação do Tribunal Superior Eleitoral. “Antes do segundo turno, em 30 de outubro, o tribunal eleitoral busca limitar a disseminação de notícias falsas e difamação nas redes sociais. Um exercício praticado mais por apoiadores de Bolsonaro do que por apoiadores de Lula”, afirma o texto.
![Texto do Libération sobre eleições no Brasil — Foto: Reprodução/Libération](https://s2.glbimg.com/xT8R39umw77cSWX_aPAJrBw13Qc=/0x0:1090x910/984x0/smart/filters:strip_icc()/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_59edd422c0c84a879bd37670ae4f538a/internal_photos/bs/2022/3/o/ratv2fR7ejebeBR71ykA/captura-de-tela-2022-10-27-193122.png)
“Le Nouvel Observateur”, França
A revista francesa L’Obs publicou uma reportagem sobre o segundo turno em que descreve o ambiente nos dias que antecedem a votação como elétrico.
A publicação descreve a participação de Jair Bolsonaro em um dos debates e a presença de Lula em um encontro com evangélicos.
![Imagem da publicação da revista francesa L'Obs sobre eleições no Brasil — Foto: Reprodução](https://s2.glbimg.com/qnfeiP9VbPAF-YxF7QWwwkyYEZk=/0x0:978x859/984x0/smart/filters:strip_icc()/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_59edd422c0c84a879bd37670ae4f538a/internal_photos/bs/2022/v/5/yoaca2QbygkJufV6MrlQ/captura-de-tela-2022-10-28-145705.png)
“Clarín”, Argentina
O jornal de Buenos Aires publicou textos sobre a possibilidade de haver tumulto após a votação. O “Clarín” diz que muitos no Brasil temem que o presidente Jair Bolsonaro se inspire em outras “experiências tumultuosas” na região, especialmente na dos EUA, pós-eleições.
![Imagem de chamada do Clarín — Foto: Reprodução/Clarín](https://s2.glbimg.com/VfQPzGrAuY7QUxnxbRP0bhbKPpY=/0x0:478x384/984x0/smart/filters:strip_icc()/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_59edd422c0c84a879bd37670ae4f538a/internal_photos/bs/2022/A/G/vZkaNtSTyNTazL5F2wog/captura-de-tela-2022-10-27-193724.png)
O “Clarín” cita que o TSE recusou a denúncia da campanha de Bolsonaro de que emissoras de rádio do Nordeste estariam favorecendo a candidatura de Lula.
“La Nación”, Argentina
O “La Nación” também publicou uma reportagem sobre a possibilidade de que Bolsonaro cause tumulto após a eleição. A chamada é “Terceiro turno?”
![Chamada do La Nación sobre eleições no Brasil — Foto: Reprodução/La Nación](https://s2.glbimg.com/MG8lXbB3nE17DvCbGM5UMrBK7YM=/0x0:466x450/984x0/smart/filters:strip_icc()/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_59edd422c0c84a879bd37670ae4f538a/internal_photos/bs/2022/d/6/rAaOtITuOLYdoV2CeSGQ/captura-de-tela-2022-10-27-193909.png)
Chamada do La Nación sobre eleições no Brasil — Foto: Reprodução/La Nación
Além disso, o “La Nación” tem uma lista de histórias falsas que mobilizaram eleitores durante as campanhas no Brasil. Um dos tópicos é sobre mentiras a respeito de países latino-americanos: foi dito que a Colômbia teria “autorizado a pedofilia” (na verdade, durante o governo de Iván Duque, de direita, a Colômbia passou a permitir o casamento a partir de 14 anos sem a permissão dos pais ou responsáveis).
Fonte:G1
![Esther Miranda](https://folhaaracruz.com.br/wp-content/uploads/sites/84/2023/07/325585548_1654018381716017_706169803739874771_n.jpg)
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