“É um delírio”, diz Rigoni sobre proposta de revogar reforma trabalhista
O deputado federal Felipe Rigoni (PSL) rechaçou a possibilidade de uma revogação da Reforma Trabalhista, aprovada no governo Temer e que voltou à tona após o ex-presidente Lula aventar a possibilidade de reverter pontos da reforma, caso dispute e vença a eleição para a Presidência da República.
“Acho isso um delírio. Sem querer difamar o ex-presidente Lula, mas já fazendo isso, é um delírio você querer revogar a Reforma Trabalhista e achar que isso vai resolver o problema do trabalhador. Não vai. O que vai resolver o problema do trabalhador é você ter de fato uma economia que cresce aceleradamente”, disse Rigoni, citando como exemplo, a Dinamarca.
“Eu sou adepto do sistema dinamarquês de trabalho. Lá, praticamente, não tem direito trabalhista, é o que eles chamam de flexibilidade com seguridade. Como funciona lá? Lá não tem nem aviso prévio. O cara pode te demitir e imediatamente você está fora, mas na mesma hora que você é demitido cai numa rede de proteção social que é garantida pelo governo. Tem que fazer isso no Brasil, construir programas sociais adequados que incentivem o trabalho, a formação profissional, que incentivem a ter um projeto de vida e que ao mesmo tempo dê um recurso para que a pessoa possa sobreviver. Tirando o peso, o custo que existe, de fato, de algumas regras trabalhistas para as empresas. Isso vai dinamizar toda a economia e vai garantir à pessoa que não caia num estado de vulnerabilidade. Eu sinceramente acho a declaração do Lula absurda”, disse Rigoni.
Questionado pela coluna De Olho no Poder se defendia mais mudanças nos direitos trabalhistas, o deputado respondeu: “Defendo que a gente faça as coisas ao mesmo tempo. Não adianta só fazer uma Reforma Trabalhista tirando o peso das empresas. Tem que ao mesmo tempo revisar a questão trabalhista, a tributária, e ao mesmo tempo ir construindo essa rede de proteção social. Não dá para deixar as pessoas que mais sofrem sem amparo. Isso não existe, não tem como fazer isso aqui. A gente não está na Suécia. Tem que deixar a economia cada vez mais liberal e competitiva e o governo fazer esses programas de proteção social. E aí você garante para a pessoa não necessariamente um direito trabalhista, mas o conforto que ela precisa para viver uma vida digna”.
Reprodução Folha Vitória
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