Equipe econômica do governo federal teme que conta do piso dos enfermeiros seja jogado para a União
A equipe econômica do governo federal vê com preocupação a possibilidade de que a conta do piso salarial para enfermeiros caia no colo da União.
O piso de R$ 4.750 para enfermeiros foi aprovado na Câmara e no Senado e depois sancionado pelo presidente Jair Bolsonaro (PL).
A Confederação Nacional de Saúde, Hospitais e Estabelecimentos de Serviços (CNSaúde) entrou com ação no STF, alegando que o piso é insustentável, e recebeu decisão favorável do ministro Luís Roberto Barroso para suspender a lei.
Estado e municípios alegam não ter recursos para bancar o piso dos enfermeiros e cobram recursos federais, e um grupo de senadores articula para que a União ajude financeiramente governos e prefeituras.
Segundo o blog apurou, integrantes da equipe econômica já deixaram claro antes mesmo da votação que não tinha como custear o piso agora e que o ideal seria esperar o ano que vem para reajustar o salário de todo o funcionalismo, não só dos enfermeiros – para evitar também reações de outras categorias.
No entanto, o Congresso decidiu aprovar o piso e, agora, corre para definir a fonte de recursos.
A ala política do governo Bolsonaro vê com bons olhos a medida por considerar como aceno do presidente em meio à campanha. A medida seria importante para evitar um “desastre eleitoral” em outubro.
Por conta da eleição, mesmo sabendo que a conta não fecha, integrantes da equipe econômica se veem “de mãos atadas”, como definiu um integrante do grupo ao blog, e aguardam a solução para definir desfecho do piso.
Fonte: G1
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