Especial: os possíveis riscos da vacina contra o coronoavírus
Em meio a polêmicas e a discussões, o Ministério da Saúde, sob a direção de Eduardo Pazuello, anuncia em 2021 que o Brasil irá importar 100 milhões de doses da vacina contra o coronavírus. Faz parte dos esforços gerais de vacinar o povo o quanto antes, a todo custo e a qualquer preço. A quarentena, a mídia, o número de casos atribuídos ao coronavírus e as pressões políticas criam pressa para obter e aplicar a vacina. Apesar da ansiedade, a vacinação impõe possíveis riscos que exigem atenção e cautela.
Fabricantes insistem que a vacina funciona. A Pfizer/BioNTech afirmaram que sua vacina, a Comirnaty, é 95% eficaz. O governo russo afirmou que sua vacina, a Sputnik V, possui eficácia de 91.4%. A Universidade de Oxford anunciou que sua vacina é 90% eficaz. A farmacêutica chinesa Sinovac e o Instituto Butantã afirmaram que sua vacina, a CoronaVac, é 78% eficaz.
Em tese, todas cumprem o requisito mínimo da Anvisa, que é de 70% de eficácia para vacinas. Apesar disso, a discussão vai além desse assunto. A segurança da vacina é controversa. Pesquisadores, relatórios e episódios sugerem que pode causar efeitos adversos. Esses possíveis efeitos incluem paralisia, infertilidade e até mesmo morte. Investigações sobre o caso estão no momento sendo realizadas.
Grande parte da incerteza surge do tempo recorde entre a descoberta da causa da doença e o lançamento da vacina. Conforme explica a doutora Nise Yamaguchi em entrevistas, isso dificulta conhecer seus possíveis efeitos colaterais tardios. Em artigo, pesquisadores do projeto Our World In Data informam que a vacina contra o coronavírus foi a mais rápida de toda a história a ser lançada. Mal levou um ano entre a detecção da causa e sua aprovação pelo Federal and Drug Administration (FDA), órgão americano equivalente à Anvisa brasileira.
Colaterais
A vacinação gera episódios de suspeitas sobre sua segurança. Foi o caso da americana Tiffany Dover, enfermeira-chefe do CHI Memorial Hospital. Ela foi vacinada ao vivo na TV local, após o que desmaiou. Segundo Dover, ela teria uma condição que a faz perder a consciência ao sentir dor.
No México, outra profissional da saúde parece ter tido problemas com a vacina. A médica Karla Cecilia Pérez Osório foi vacinada no 105 Batalhão de Infantaria de Monclova. Minutos depois, apresentou as primeiras reações e foi internada em UTI, onde apresentou dificuldade motora e de fala. O caso está sendo estudado para saber se resultou de alergia ou de imunização.
Em um exemplo mais extremo, a vacina pode ter causado uma morte nos Estados Unidos. Em Miami, uma semana após ter sido vacinado, o médico Gregory Michael faleceu. Entre outras possibilidades, o Departamento de Legistas local estuda se a causa da morte foi de fato a vacina.
Na Noruega, surgiram também possíveis casos de morte após a vacinação. Poucos dias depois de receberem a vacina Comirnaty, da BioNTech/Pfizer, dois idosos faleceram. A Agência Norueguesa de Medicamentos e o Instituto Nacional de Saúde Pública estudam se as mortes foram causadas pela vacina.
Os casos de efeitos colaterais não geram apenas episódios isolados. Em 19 de dezembro de 2020, um estudo da Center for Disease Control and Prevention (CDC) apresentou os resultados da vacinação com doses dos laboratórios Pfizer e Moderna na Inglaterra. Foram acompanhados pessoas vacinadas na primeira dose entre 14 e 18 de dezembro daquele ano.
Segundo o relatório, de 112.807 pessoas vacinadas, 3.150 apresentaram “eventos de impacto na saúde”. Em nota, esses eventos incluem “incapacidade de praticar atividades diárias”, “incapacidade de trabalhar” e “necessidade de cuidados de um doutor ou de um profissional da saúde”.
Fertilidade
A vacina gera preocupação sobre a fertilidade. Estudos da U-Health descobriram que o coronavírus permanece nos testículos por até seis meses após a infecção. Isso levou a equipe da instituição a investigar os efeitos do vírus e da vacina sobre a capacidade reprodutiva masculina. As investigações prosseguem.
Pesquisadores da Universidade de Miami também estudam os possíveis efeitos da vacina sobre a fertilidade masculina. Por dúvidas, recomendam que homens em idade reprodutiva examinem sua fertilidade antes de se vacinarem. Além disso, sugerem que congelem seus espermatozoides antes de se vacinarem, para protegerem de alguma forma sua fertilidade.
As próprias fabricantes da vacina também são cautelosas. Na página 132 do protocolo de teste, a Pfizer sugere que os voluntários não pratiquem sexo desprotegido até 28 dias após a segunda dose da vacina, para “eliminar o risco de segurança reprodutiva”. Segundo a fabricante, isso é parte de qualquer protocolo de teste.
Defesa
A cautela das fabricantes vai além dos testes. Elas parecem também buscar “imunização jurídica” contra os efeitos adversos de seus produtos. É o caso de AstraZeneca, Pfizer e Vaccines Europe. Entre contratos, bulas e negociações, muitas se recusam a serem legalmente responsabilizadas por algum efeito colateral da vacina. Entre outras alegações, afirmam que as vacinas foram criadas em tempo recorde, gerando riscos inevitáveis.
O medo dos efeitos colaterais também leva empresas e instituições a sugerirem a criação de fundos para pagamento de indenizações por danos causados pela vacina. Durante suas negociações, a Pfizer sugeriu ao Governo brasileiro que criasse um desses fundos. Em seu programa de vacinação global, a Organização Mundial da Saúde propõe a criação de um fundo desse tipo para países de baixa renda.
Essa postura defensiva das produtoras, somado aos casos suspeitos de efeitos colaterais, torna a inquietação e a suspeita inevitáveis. Mesmo assim, no Brasil, pressões políticas buscam acelerar a disponibilidade dessas vacinas, atropelando qualquer princípio de prudência. O Supremo Tribunal Federal autorizou estados e municípios a importar vacinas contra o coronavírus aprovadas por agências reguladoras internacionais, caso a Anvisa não conceda, em até 72 horas, alguma solicitação feita ao órgão.
O mesmo conjunto de pressões buscam impor a vacinação. Em decisão legal, o Supremo Tribunal Federal autorizou sanções contra o cidadão que se recuse a se vacinar. Segundo o Tribunal, a vacinação será “obrigatória”, mas não, “compulsória”. Na prática, não existe diferença entre ambos.
(Com informações do Financial Times, CNN, Jovem Pan, Crítica Nacional, Epoch Times, Conexão Política e Anvisa)
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