Fabiano Contarato agora é PT e Lula celebra sua chegada ao partido: “Fiquei muito feliz”

Fabiano Contarato agora é PT e Lula celebra sua chegada ao partido: “Fiquei muito feliz”

Logo depois, o senador capixaba respondeu à postagem do ex-presidente da República, agradecendo pela mensagem

Pouco depois do senador Fabiano Contarato ter anunciado seu pedido de desligamento do partido Rede Sustentabilidade e a filiação ao PT, na manhã desta segunda-feira (13), o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, principal figura do Partido dos Trabalhadores, celebrou a chegada do novo “companheiro”.

Em seu perfil no Twitter, Lula afirmou ter ficado muito feliz com a chegada de Contarato à legenda. “Fiquei muito feliz companheiro @ContaratoSenado com a sua filiação ao PT, para se juntar a nós na luta pela reconstrução de um Brasil mais justo e feliz, com democracia, emprego e ninguém passando fome”, postou.

Logo depois, o senador capixaba respondeu à postagem do ex-presidente da República. “Obrigado, presidente Lula! Juntos por um país desenvolvido, justo, sem fome e sem preconceito”.

Em nota publicada mais cedo, Contarato informou que a efetivação à nova sigla será realizada em momento oportuno.

“Com a militância social e as lideranças do PT, pretendo somar esforços para que o país retome sua trilha de desenvolvimento, pleno emprego, defesa dos direitos humanos, oportunidade aos mais pobres, combate a todo tipo de desigualdade, investimento em saúde e educação”, destacou.

Veja a nota de Contarato na íntegra:

“Como já havia anunciado, comunico em definitivo o meu pedido de desfiliação do partido Rede Sustentabilidade. Agradeço imensamente pelo companheirismo e respeito que tive durante o período no qual pude representar o partido no Senado Federal, numa jornada em defesa de um país mais justo e igualitário e que defenda seu povo e preserve seus recursos naturais.
Após ter recebido e analisado convites de legendas do campo progressista, comunico minha decisão de filiação ao Partido dos Trabalhadores (PT), que será efetivada em momento oportuno. Com a militância social e as lideranças do PT, pretendo somar esforços para que o país retome sua trilha de desenvolvimento, pleno emprego, defesa dos direitos humanos, proteção e oportunidade aos mais pobres, apoio do Estado às maiorias minorizadas, combate a todo tipo de desigualdade, investimento em saúde e educação.
Os governos liderados pelo PT devolveram ao país credibilidade internacional, permitiram aos pobres cursar universidade, expandiram a estrutura de ensino no país, abriram os porões da ditadura com a Comissão Nacional da Verdade, democratizaram a participação da sociedade nas decisões de governo, geraram crescimento econômico alinhado com políticas sociais exitosas, devolveram aos brasileiros o orgulho nacional. Seus erros foram investigados e devidamente punidos pela Justiça. Defendo que a lei vale para todos e tem de ser cumprida doa a quem doer. Seguimos junto aos brasileiros e brasileiras para, com esperança e força, vencer as trevas da ignorância que vitimam o Brasil. A Constituição Cidadã de 1988 é nossa bússola.”

Hoje, o PT não faz parte do governo Casagrande. Mas também não é da oposição, mantendo uma boa relação com o Palácio Anchieta, principalmente com seus representantes nos legislativos capixabas.

O senador Fabiano Contarato, que pode ser candidato ao governo do Estado, anunciou a desfiliação da Rede Sustentabilidade para se filiar ao PT. Além de ter um nome forte, no cenário nacional, disputando o Palácio Anchieta, o PT quer ter um palanque no Estado para a pré-candidatura do ex-presidente Lula.

O PSB, por sua vez, sabe que uma candidatura de Contarato ao governo divide os votos da esquerda. E é por isso que há um esforço concentrado para que Contarato e o PT estejam com Casagrande.

Uma solução seria a formação de uma federação, debatida nacionalmente, entre PT, PSB e PCdoB – o que o governador, que é também secretário-geral nacional do PSB, é contra. Outra saída seria o PT coligar com o PSB e abrir mão da candidatura ao governo.

Mas para o PT abrir mão de ter um palanque próprio e apoiar Casagrande, o governador teria de apoiar Lula à Presidência e tirar Sérgio Moro (Podemos) do seu palanque.

“O Podemos faz parte do governo do Renato (Casagrande). A gente sabe que dentro do governo começa um projeto pró-Moro. Isso pode nos distanciar. Já abrimos o processo de discussão sobre isso. Claro que depende do PT nacional, mas não vai ter espaço para palanque neutro. E isso pode colocar o PSB numa situação difícil”, disse a presidente do PT no Estado, Jackeline Rocha, à coluna De Olho no Poder.

Reprodução da Coluna de Olho no poder (Fabiana Tostes)