IBGE: desemprego sobe pelo segundo mês, atingindo 7,2 milhões de brasileiros
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A taxa de desemprego no Brasil subiu pelo segundo mês seguido e chegou a 6,5% no trimestre encerrado em janeiro. Apesar da alta, o índice de desocupação é o menor para o mês desde 2014, quando registrou a mesma porcentagem. Os dados são da Pnad Contínua (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios), divulgada nesta quinta-feira (27) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). A pesquisa mostra que 7,2 milhões de brasileiros não ocupam uma vaga de trabalho.
Segundo o IBGE, a quantidade de pessoas desempregadas teve uma alta de 5,3% na comparação com o trimestre de agosto a outubro de 2024 (6,8 milhões). No entanto, no confronto com igual trimestre do ano anterior (8,3 milhões), apresentou queda de 13,1% (menos 1,1 milhão de pessoas). A massa de empregados com carteira de trabalho no setor privado chegou a 39,3 milhões, mostrando estabilidade no trimestre e alta de 3,6% (mais 1,4 milhão de pessoas) no ano. Já o número de empregados sem carteira no setor privado (13,9 milhões) caiu no trimestre (menos 553 mil pessoas) e cresceu 3,2% (mais 436 mil pessoas) no ano.
Salário médio do brasileiro
Os brasileiros empregados recebem, em média, R$ 3.343 — uma alta de 1,4% no trimestre e de 3,7% na comparação anual.
A massa de rendimento real habitual (R$ 339,5 bilhões) ficou estável no trimestre e aumentou 6,2% (mais R$ 19,9 bilhões) no ano.
Desalentados e subutilização
A população desalentada registrou 3,2 milhões, com alta de 4,8% na comparação trimestral, o equivalente a mais 147 mil pessoas nessa condição. Já na comparação anual, houve queda de 10,9% (menos 389 mil pessoas).
Essa categoria é classificada como todos aqueles com mais de 14 anos que estavam fora do mercado de trabalho e não haviam realizado busca efetiva por uma colocação.
Já a taxa de subutilização, que calcula o percentual de desocupados, subocupados por insuficiência de horas trabalhadas, e a força de trabalho potencial, ficou em 15,5%. A população subutilizada (18,1 milhões de pessoas) ficou estável no trimestre (17,9 milhões) e recuou 11% (menos 2,2 milhões de pessoas) no ano (20,3 milhões).
(Fonte: R7. Imagem: Agência Brasil)
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Jornalista, formado em Gestão Pública e especialista em planejamento e gestão estratégica e atua como empresário na área de comunicação e marketing político há mais de 15 anos.