“Lamentável que quem criticou o governo se preste a isso”, Manato sobre Rigoni
Em resposta ao vídeo em que o deputado federal Felipe Rigoni (União Brasil) o acusa de ter integrado a Scuderie Le Cocq e ter sido demitido do governo de Jair Bolsonaro (PL) por incompetência, o candidato ao governo do Estado Carlos Manato (PL) afirmou que “é lamentável que alguém que criticou o governo se preste a fazer um papel desses”. No vídeo, conforme destacado pela colunista Letícia Gonçalves, Rigoni declara apoio ao atual governador Renato Casagrande (PSB), que tenta se reeleger.
Manato enviou à reportagem uma mensagem que afirma ser a estratégia de campanha do adversário sobre a divulgação do vídeo de apoio de Rigoni, que inclui o compartilhamento da postagem de Rigoni entre apoiadores do atual governo. “Isso é a velha da velha política. Lamento uma pessoa como Felipe Rigoni se prestar a isso”, acrescentou.
Antes da campanha eleitoral, Rigoni chegou a ensaiar sua entrada na corrida ao Palácio Anchieta, mas recuou e tentou se reeleger à Câmara dos Deputados, também sem sucesso.
O candidato do PL disse que não vai baixar o nível da campanha, que pretende debater propostas, e inicialmente também afirmou que não responderia aos ataques. No entanto, ao se defender das falas do deputado do União Brasil, frisou que “a estratégia deles é falar que sou um despreparado”, sem mencionar nomes.
“Não vou ficar batendo boca com ninguém. Não podem falar que sou ladrão. Não participei de Lava Jato, de Sanguessuga. Não respondo a processos na Justiça. Não vou discutir”, garantiu o candidato a governador.
PARTICIPAÇÃO NA LE COCQ E SAÍDA DO GOVERNO FEDERAL
A respeito da fala de Rigoni sobre ter sido demitido da Casa Civil da Presidência da República “por incompetência”, Manato rebateu Rigoni e assegurou que saiu do cargo porque pediu para sair.
Sobre a afirmação do deputado de que Manato “fazia parte da Scuderie Le Cocq, que era o principal grupo de extermínio do Espírito Santo nos anos 90”, o candidato do PL esclareceu que, em 1991 fez um ciclo de estudos da Associação dos Diplomados da Escola Superior de Guerra (Adesg).
De acordo com Manato, a entidade reunia juízes, advogados e médicos e, depois da conclusão dos cursos, passou a integrar outra instituição que também teria objetivos filantrópicos e distribuição de cestas básicas, chamada de Fraternidade, Força e Honra (FFH). Segundo ele, foi por causa da participação nessa fraternidade que teria se relacionado com o grupo conhecido como Scuderie Le Cocq.
“Nunca teve qualquer denúncia contra mim. Querem imputar que fui do crime organizado porque eu fiz Adesg e depois acompanhei um grupo. Não tem nada a ver. A instituição acabou na década de 90 porque tinha pessoas de má índole. Nunca participei de nada, não tenho arma, nunca dei um tiro”, disse o candidato. Questionado se o grupo a qual ele se referia era a Le Cocq, Manato confirmou.
Ao final, o candidato do PL desafiou os adversários a comprovarem qualquer participação sua com o crime organizado. “Se tivesse, teria sido preso há 10, 20 anos atrás. Pode procurar, não respondo a processo”, reiterou.
Fonte: A Gazeta
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