Parlamentares capixabas descartam articulação por impeachment

Parlamentares capixabas descartam articulação por impeachment

O burburinho de uma possível articulação de impeachment no Congresso tem movimentado os bastidores políticos. Mesmo com os indícios, os parlamentares da bancada capixaba em Brasília, tanto apoiadores do governo quanto os de oposição, disseram que não percebem uma movimentação pelo afastamento do Presidente. Esses indícios foram citados nesta quinta (28), em entrevista ao programa Morning Show, da Rádio Jovem Pan, pelo deputado paulista Kim Kataguiri (DEM). Ele chegou a dizer que emissários do vice-presidente estariam preparando o terreno para um processo de impeachment.

A deputada Soraya Manato (PSL) considerou falsa a informação. “Claro que não tem nada disso. É devaneio do Kim (Kataguiri). O líder da bancada, deputado Josias da Vitória (Cidadania), se manifestou contra esse debate do impeachment no momento em que a prioridade é o enfrentamento à pandemia e a retomada econômica. Disse ainda que é pouco provável que esse assunto ganhe força, já que aposta na vitória, com folga, de Arthur Lira, candidato do governo, à presidência da Câmara.

A mesma posição tem o deputado Helder Salomão (PT) que afirmou não perceber nenhuma movimentação ou qualquer tipo de articulação.

O vice-presidente Hamilton Mourão demitiu o chefe de sua assessoria parlamentar, Ricardo Roesch Morato Filho, nesta sexta (29). A demissão foi decidida após o site O Antagonista mostrar mensagens trocadas entre o servidor e o chefe de gabinete de um deputado sobre articulações no Congresso para um futuro impeachment do presidente Jair Bolsonaro.

Pedidos de impeachment

Os partidos PT, PSB, PDT, PCdoB, PSOL e Rede protocolaram na quarta (27) mais um pedido de impeachment contra o presidente Jair Bolsonaro. Ele se soma aos outros 63 que já foram apresentados. Desse total, 56 estão em análise, segundo dados da Secretaria Geral da Câmara. Os outros cinco foram arquivados ou não aceitos.

O pedido mais recente dos partidos de oposição foi motivado pela atuação do governo no enfrentamento à pandemia de covid-19.

Cabe ao presidente da Câmara decidir se aceita ou não um pedido de impeachment. O atual presidente, Rodrigo Maia (DEM-RJ), deixará o posto na próxima semana, quando será eleito o sucessor.

Fonte: Reprodução Folha Vitória

Foto: Reprodução