Programa Ecossistemas Territoriais Criativos é lançado com versão piloto aplicada no Centro de Vitória

Programa Ecossistemas Territoriais Criativos é lançado com versão piloto aplicada no Centro de Vitória

Na segunda-feira (22), no Hub ES+, em Vitória, aconteceu o lançamento do programa Ecossistemas Territoriais Criativos, uma metodologia inédita realizada pela Secretaria da Cultura (Secult), em convênio com o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), desenvolvida e aplicada pela Vila Consultoria.

A iniciativa tem como objetivo promover o desenvolvimento sustentável e inclusivo no Estado, com sua versão piloto aplicada no Centro de Vitória, entre os meses de janeiro e março. A escolha da região se deve à ocupação histórica pelos mais diversos setores criativos, bem como por instituições governamentais e organizações independentes.

Como parte das ações do programa, foi realizado no período da tarde o Workshop para Mapeamento do Território Criativo do Centro de Vitória, atividade voltada para empreendedores, representantes de diversos segmentos, além de gestores de instituições públicas ou privadas, ativistas e agentes envolvidos ou beneficiados pela economia criativa. Os participantes passaram a fazer parte da construção e desenvolvimento do setor criativo, estruturando a governança de seus territórios.

À noite, aconteceu a cerimônia de lançamento do programa, com a assinatura de um protocolo de intenções, que contou com a subsecretária de Estado de Fomento e Incentivo à Cultura, Maria Thereza Bosi de Magalhães; o diretor técnico do Sebrae/ES, Luiz Toniato; a pesquisadora e consultora da Vila Consultoria, Bianca Sperandio; e o secretário de Estado da Ciência, Tecnologia, Inovação e Educação Profissional, Bruno Lamas.

De acordo com Maria Thereza Bosi de Magalhães, essa metodologia faz parte de um programa estratégico do Governo do Estado, com ações de curto, médio e longo prazo que já estão sendo desenvolvidas, mantendo um caminho aberto para as novas ações de longo prazo. “O programa responde a uma demanda maior do Governo do Estado no que diz respeito a uma ocupação qualificada e que valorize o Centro de Vitória. O próprio Hub ES + está dentro dessa filosofia. Além da parceria com agentes e organizações que envolvem 17 players (segmentos) das mais diversas áreas, este mapeamento irá demonstrar o que é a economia criativa no Centro, suas forças, vocação e identidade, para então partir para o apoio, a formação de rede e de uma governança comum. E, é claro, pensando sempre na inovação, na competitividade e na melhoria de qualidade de vida”, afirmou.

A fim de orientar ações e projetos que promovam a economia criativa, incentivando e valorizando cada vez mais a criatividade, a inovação e a cultura local, o Ecossistemas Territoriais Criativos surgiu a partir da visão do programa ES+Criativo, que é coordenado pela Secult em conjunto com outras 14 instituições parceiras, entre elas o Sebrae.

“No Centro de Vitória, há uma grande mobilização de pessoas criativas, e a Secult e as demais secretarias do Estado enxergam a região como um grande centro de ideias, com empreendedores de diversas áreas. Mas é necessário que este empreendedor tenha um plano de negócio estruturado, encontre seu mercado e tenha controle de próprio orçamento. Ninguém faz inovação sem ser criativo, mas é preciso ter foco na ideação até a nota fiscal. E o Sebrae irá apoiar estes empreendedores e intensificar mais essa parceria no desenvolvimento destes negócios”, destacou Luiz Toniato.

O programa Ecossistemas Territoriais Criativos será aplicado em oito etapas sucessivas e articuladas, que garantem desde o reconhecimento do território e dos setores criativos existentes; o diagnóstico do nível de desenvolvimento do ecossistema a que pertencem; a identificação de suas potencialidades e necessidades de fortalecimento, até o estabelecimento de uma governança que garanta a definição de estratégias para uma Agenda de Futuro, visando ao o alcance dos objetivos coletivos.

Empresa de consultoria credenciada no Sebrae, que desenvolve e aplica metodologias há 18 anos na área de políticas públicas, no Espírito Santo e em outros estados, a Vila Consultoria desenvolveu a metodologia a ser implementada em parceria com o Sebrae, que também fornece apoio técnico para realizar análises territoriais, mobilizar atores de desenvolvimento e transformar ambientes de negócios em ecossistemas mais criativos.

Segundo Bianca Sperandio, o objetivo do Programa é estruturar uma proposta de análise do ecossistema territorial criativo, visando à integração de uma governança deste território para construir estratégias coletivas de desenvolvimento. “Com muita alegria, estamos neste processo de construção dessa metodologia. Estamos há, aproximadamente, dois anos em um trabalho de pesquisa para entender quais métodos para o desenvolvimento territorial especificamente sobre economia criativa. Este projeto acontece de fato, pois há uma visão que prioriza e enfatiza a inovação e a economia criativa. Este programa-piloto, após ser finalizado e com a metodologia consolidada, também pretende atuar também em outros territórios do Estado”, acrescentou.

O secretário Bruno Lamas destacou o papel da Economia Criativa e a inovação no desenvolvimento nacional no PIB brasileiro, enfatizando o Hub ES+ como um importante espaço de conexões e parcerias para a comunidade. “O Hub ES+ é um Hub social, um habitat de inovação. É um espaço que integra parcerias em startups, investidores, empreendedores e instituições parceiras e demais colaboradores como a Secult. O equipamento é um ambiente que desenvolve o potencial da economia criativa, auxiliando o empreendedor em ser produtivo e mais organizado”, salientou.

Após a realização do mapeamento do Território Criativo do Centro de Vitória, com uma série de agendas a serem realizadas até maio, a avaliação do programa se realizará em quatro dimensões: gestão pública, economia criativa, redes de apoio e governança. Utilizando entrevistas, análise de dados secundários e um sistema digital, será possível traçar um panorama próximo da realidade, produzindo um indicador de maturidade do ecossistema.