Projeto cria programa de apoio a mães atípicas
Dr. Bruno Resende propõe política pública de atenção a cuidadoras de crianças com síndromes, transtornos, deficiências ou doenças raras
Implantar no Estado um programa de atenção e orientação às mães atípicas. Essa é a proposta do deputado Dr. Bruno Resende (União), por meio do Projeto de Lei (PL) 324/2024, que tramita na Assembleia Legislativa (Ales). O objetivo é criar políticas públicas que auxiliem mães de filhos com doenças raras ou deficiências como síndrome de Down, transtorno do espectro autista (TEA), transtorno do déficit de atenção com hiperatividade (TDAH), transtorno do déficit de atenção (TODA) e dislexia.
Denominado Cuidando de quem Cuida, o programa tem a finalidade de “oferecer orientação psicossocial e apoio por meio de serviços, proteção, acompanhamento psicológico e terapêutico, com atenção à saúde integral, informação e formação para fins de fortalecimento e valorização dessas mulheres na sociedade”.
A proposta tem o objetivo de elevar e melhorar a qualidade de vida de mães e cuidadoras, considerando as dimensões emocionais, físicas, culturais, sociais e familiares. Além de promover apoio para o acesso a serviços psicológicos, terapêuticos e assistenciais. Outro objetivo descrito no PL é o de estimular os demais membros da família quanto ao cuidado e à proteção, visando aumentar o nível de bem-estar e melhorar a função e as interações familiares.
“O grande desafio para essas mães e pais não é a deficiência do filho, e sim uma série de abandonos pelos quais elas passam, que vem de todos os lados: família, da sociedade e do Estado. Na verdade, a maior preocupação de uma mãe e pai atípico é de quem ficará com seu filho quando ela partir”, argumenta o proponente na justificativa da matéria.
“Todos sabemos que o desafio vivido pelas mães cuidadoras, que são responsáveis pela criação de filhos que necessitam de cuidados específicos em razão daquelas condições. Estamos falando de mulheres e homens que estão acometidas por várias situações, a falta do autocuidado, o desprezo, as doenças psicossomáticas, as tentativas de suicídio”, complementa o parlamentar.
“A inclusão e a equidade para essas mulheres são um grande desafio para nós porque, para seu sucesso, pressupõe rompermos com o que pensamos sobre eles e a forma como a sociedade as exclui, seja nas oportunidades de emprego e renda, na falta de preparo de gestores, nas barreiras culturais e de acessibilidade, na ausência de pertencimento e aceitação social e familiar, bem como de preconceito e discriminação”, conclui Dr. Bruno.
Tramitação
O projeto será avaliado pelas comissões de Justiça, Defesa dos Direitos Humanos, Saúde e Finanças, antes de ser votado em plenário pelos deputados.
Acompanhe a tramitação completa
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