Redução das aulas de educação física em debate

Redução das aulas de educação física em debate

Pós-doutora em motricidade humana, a professora da Ufes Eliane Gonçalves chamou atenção para a importância da disciplina nas escolas frente a problemas com sedentarismo e de saúde mental entre os jovens

A Comissão de Turismo e Desporto recebeu, na noite de segunda-feira (9), a professora da Ufes e pós-doutora em Ciência da Motricidade Humana Eliane Cunha Gonçalves para abordar a importância da disciplina de Educação Física, que vem sofrendo redução de carga horária nos últimos anos nas escolas. Ela disse ver com preocupação o aumento dos índices de sedentarismo, obesidade e depressão entre jovens de 18 a 25 anos.

De acordo com dados apresentados, o Brasil ocupa o primeiro lugar na América Latina e o quinto no mundo em sedentarismo, com mais de 49% das crianças e adolescentes sedentários e obesos e mais de 50% da população com sobrepeso. O recomendado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) são 60 minutos por dia de práticas de exercícios para crianças e adolescentes e de 150 a 300 minutos para adultos e obesos por semana. Nesse contexto, reforçou a professora, a educação física é uma necessidade urgente para toda a sociedade.

Eliane relacionou a educação física nas escolas ao bem-estar físico, mental e social dos alunos. Para ela, a prática surge como pilar fundamental, sendo a “semente da saúde”. A professora lembrou que até na doença o ser humano precisa ter mais saúde para poder obter êxito mais rápido na cura e que exercitando o corpo se exercita a mente.

O presidente da Comissão de Turismo e Desporto, deputado Coronel Weliton (PRD), destacou a importância de debater o tema no colegiado. Ele frisou que a atividade física integra o complexo em rede da saúde, pois traz bem-estar físico e mental. Nesse contexto, destacou que a educação física no ambiente escolar melhora o condicionamento físico, evita o sedentarismo e desperta nos alunos o interesse pelos esportes.