Seama esclarece sobre gestão privada de parques
Contrato de 35 anos vai abranger cinco parques estaduais a um custo de R$ 7 bilhões, afirmou o secretário Felipe Rigoni à Comissão de Turismo
Um novo modelo de concessão será utilizado nos seis parques naturais do Espírito Santo. Detalhes do Programa Estadual de Desenvolvimento Sustentável das Unidades de Conservação do Espírito Santo (Peduc) foram apresentados na Comissão de Turismo pelo titular da Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Recursos (Seama), Felipe Rigoni. A reunião foi conduzida pelo deputado Coronel Weliton (PRD).
Segundo o Decreto 5409-R/2023, que estabeleceu a iniciativa, as unidades ambientais contempladas pelo Peduc são Cachoeira da Fumaça (Alegre); Forno Grande e Mata das Flores (ambos em Castelo); Itaúnas (Conceição da Barra); Paulo César Vinha (Guarapari); e Pedra Azul (Domingos Martins).
Segundo Rigoni, a Seama está estudando os modelos de concessão desde o mês de janeiro. Para isso, foi feito um estudo de vocação de cada parque, mapeando o que o local já oferece e o que ele poderia oferecer.
“Tudo o que foi pensado teve o objetivo de valorizar as belezas naturais dos nossos parques. Além disso, nós estamos pensando também na permanência, que é incentivar o visitante a ficar mais tempo nesse local”, disse o gestor. Projetos de tirolesa, teleférico, bares e restaurantes estão sendo discutidos para os parques.
Acessibilidade
O secretário também falou que a acessibilidade é uma das diretrizes do novo modelo de concessão. “Acessibilidade de modo amplo. Não apenas para entrada dos parques, mas também para trilhas. O foco é permitir que as pessoas, respeitando suas diferentes características, aproveitem esses espaços tão privilegiados de beleza natural”, disse Rigoni.
As concessões também buscam, segundo o secretário, o menor impacto ambiental possível. Ao longo dos 35 anos de contrato, o investimento será de R$ 7 bilhões. Dentro de um prazo de 10 anos, a Seamma pretende quadruplicar o número de visitantes.
Cobrança para visitação
O deputado Coronel Weliton perguntou se haverá cobrança para a entrada dos parques no novo modelo de gestão. Segundo Rigoni, os dois parques costeiros não terão cobrança (Itaúnas e Paulo Cesar Vinha). Os outros parques, que são fechados, poderão implantar cobrança do visitante.
“Estamos garantindo isenção para o munícipe e também desconto para o capixaba. O objetivo é viabilizar essa visita e a permanência”, explicou Rigoni. O gestor também destacou que haverá consulta e audiência pública com a comunidade.
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