Serra é a maior economia do Espírito Santo e a 39ª do país

Serra é a maior economia do Espírito Santo e a 39ª do país

Em um fato inédito, a Serra passou a ser considerada a maior economia do Espírito Santo, assumindo a posição que antes era ocupada por Vitória.

A Serra subiu três posições no ranking das cidades mais ricas do país, tendo passado da 42ª para a 39ª colocação, com participação de 0,35% nas riquezas produzidas em território brasileiro — um avanço de 0,02% ante o levantamento anterior. O Produto Interno Bruto (PIB) serrano, isto é, a soma de todas as riquezas produzidas na localidade, equivale a R$ 25.865.233.650.

Os dados, de 2019, foram divulgados nesta sexta-feira (17) pelo Instituto Jones dos Santos Neves (IJSN), em parceria com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Os números detalhados de Estados e municípios de cada período são liberados sempre após dois anos. Serra é a maior economia do Estado e 39ª no país.

O crescimento não foi súbito. A Serra vem passando por um processo de expansão econômica nas últimas décadas, tendo se firmado como um grande polo de negócios, principalmente nos segmentos industriais e de serviços, a exemplo da logística.

Segundo a secretária de Desenvolvimento Econômico da Serra, Lilian Mota, o município tem passado por um verdadeiro processo de transformação nos últimos anos. “Esta posição é resultado do desenvolvimento que tem ocorrido ao longo dos anos. De ‘cidade dormitório’, a Serra passou a ser polo industrial, centro comercial e a contar com a oferta dos mais diversos serviços”, afirmou.

Além da Serra, outros dois municípios capixabas estão entre as 100 cidades mais ricas do país. A Capital do Estado passou da 34ª para a 47ª posição entre as cidades com maior PIB, segunda maior queda do país.

Vitória foi impactada pela perda de participação nas indústrias extrativas, principalmente do minério de ferro. Vale lembrar que, no início de 2019, a tragédia de Brumadinho (MG), em que uma barragem se rompeu e matou 270 pessoas, afetou fortemente as demandas pela commodity e encareceu os custos de produção. Com isso, o município, que em 2018 tinha 0,38% participação no PIB nacional passou a ser responsável por 0,29% das riquezas brasileiras — uma queda de 0,09%.

Já Vila Velha avançou duas posições, saiu do 88º lugar para a 86ª colocação. Apesar disso, não houve aumento de participação do município no PIB nacional, tendo igualado o resultado de 2018 (0,17%).