Tarifa do Transcol terá reajuste de 5% a partir deste domingo (09)
Começa a vigorar neste domingo (09), a nova tarifa do Sistema Transcol, que passa de R$ 4,00 para R$ 4,20, um reajuste de 5%. O realinhamento de preços é necessário para cumprir o contrato de concessão do sistema, assinado em 2014, que prevê reajustes anuais no mês de janeiro. O índice de reajuste aplicado ficou bem abaixo da inflação acumulada, que fechou o ano em 10,74% (IPCA).
O índice foi apresentado na reunião do Conselho Gestor dos Sistemas de Transportes Públicos Urbanos de Passageiros da Região Metropolitana da Grande Vitória (CGTRAN) – colegiado que delibera sobre a tarifa –, realizada na manhã desta sexta-feira (07), em Vitória. O conselho tem representantes do Governo do Estado, da iniciativa privada e da sociedade civil organizada.
A tarifa com desconto no domingo, passará de R$ 3,50 para R$ 3,65 e o Bike GV sai de R$ 2,00 para R$ 2,10.
Comparada às tarifas cobradas nos demais estados da Região Sudeste e levando em consideração que estes ainda não aplicaram reajustes este ano, a passagem do Transcol continua sendo uma das mais baratas. No Rio de Janeiro, desde 2020 a passagem vale R$ 4,05; em São Paulo, desde janeiro de 2020 custa R$ 5,10 e Belo Horizonte, desde janeiro de 2021 vale R$ 5,85.
De acordo com o secretário de Estado de Mobilidade e Infraestrutura, Fábio Damasceno, a solicitação por parte das empresas era um reajuste maior, da ordem de 20% – o que elevaria a tarifa para R$ 4,80. “Ponderamos com a Ceturb, o Conselho e a própria Semobi, para aplicar um percentual de menos da metade da inflação. Conseguimos manter o subsídio em um patamar saudável e diminuir a pressão da inflação para o usuário”, disse.
O diretor-presidente da Companhia Estadual de Transportes Coletivos de Passageiros do Estado do Espírito Santo (Ceturb-ES), Raphael Trés, acrescentou que, por conta do sistema equilibrado e da tarifa justa, será possível este ano adquirir um novo software de planejamento que vai trazer mais velocidade a prestação do serviço da Companhia. “O investimento em tecnologia tem proporcionado a otimização do sistema e a melhoria do serviço prestado”, afirmou.
Atualmente, o Sistema Transcol opera com 1,6 mil veículos na frota, aproximadamente 12,7 mil viagens diárias e 520 mil passageiros, por dia, considerando dias úteis. Com a tarifa única para todo o sistema, é possível ir de Setiba, no município de Guarapari, até Praia Grande, em Fundão, percorrendo cerca de 100 quilômetros.
Em 2021, o sistema foi ampliado, passando a operar as linhas que atendem ao município de Vitória. Como a Capital não tem um terminal, foi implantado o sistema de integração temporal que permite aos usuários de Vitória pagar uma tarifa e embarcar em linhas troncais (que vão de terminal a terminal), em pontos e vias pré-estabelecidas.
Novos ônibus
Desde o início de 2019, o Governo do Estado vem desenvolvendo uma série de ações para modernizar o transporte público da Região Metropolitana da Grande Vitória, entre elas, a aquisição de 600 veículos 0km com ar-condicionado para a frota do Sistema Transcol. Deste total, 430 veículos já estão circulando no sistema.
Além disso, para este ano está prevista a aquisição de 180 novos veículos, sendo quatro elétricos que serão testados e farão o trajeto do terminal de Laranjeiras até o de Campo Grande. Se aprovados tecnicamente, será estabelecido um cronograma de aquisição desse tipo de veículo, que vai ser importante para o programa de carbono zero do Estado.
Fórmula paramétrica
No contrato de Concessão do Transcol, está definido que os reajustes da tarifa são anuais e obedecem a uma fórmula de cálculo que leva em consideração custos como mão de obra, combustível e veículos. Desde o último reajuste, em janeiro de 2021, a variação foi de 11,08% para salários; em média, 50% para o diesel; 16,92% para veículos; e 17,17% do IGP-DI.
A fórmula é constituída de um conjunto de índices de variações de preços dos principais insumos utilizados na produção e prestação dos serviços do Transcol, distribuídos da seguinte forma:
– 20% da variação do preço do litro de óleo diesel;
– 16% da variação dos veículos;
– 54% da variação dos salários de motoristas e cobradores;
– 10% da variação do IGP-DI (Índice Geral de Preços – Disponibilidade Interna) calculado e publicado pela Fundação Getúlio Vargas (FGV).
A soma das variações desse conjunto de índices de preços, ponderado pelo peso de cada tipo de insumo, resulta no índice de variação do valor da tarifa que é parcialmente paga pelos usuários e parcialmente paga por meio de subsídios do Governo do Estado.
Reprodução Governo do Estado
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