TSE contrata empresa para escolher quem será bloqueado nas redes sociais

A denúncia foi relatada pelo vereador de Curitiba (PR) Rodrigo Marcial (NOVO) em plena sessão da Câmara Municipal. Conforme o parlamentar, uma empresa privada contratada pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) seria a responsável por escolher quais postagens e perfis poderiam ser mantidos ou banidos das redes sociais.

“Esta decisão está sendo tomada pela empresa. Por meio de um ofício, encaminha-se para o ministro simplesmente chancelar aquela decisão pelo desrespeito à Constituição que foi realizado. Acaba servindo apenas como uma formalidade por parte do tribunal em validar, acatar essa censura prévia feita por terceiros”, afirma.

”As pessoas estão sendo punidas no momento sem saber os motivos da punição, sem possibilidade de apresentar recurso, sem poder fazer nada”, acrescentou. Um dos exemplos mostrados pelo vereador aconteceu com as contas sociais do deputado estadual Homero Marchese (Republicanos-PR). Ele teve os perfis no Twitter, Instagram e Facebook suspensos no último dia 13, após postagens comentando o relatório do Ministério da Defesa sobre possíveis fragilidades no sistema das urnas eletrônicas. Até o momento, o deputado não conseguiu encontrar a origem das ordens de bloqueio.

Análise de postagens

A empresa [ou empresas] usa [usam] uma plataforma exclusiva, a fim de capturar publicações de interesse do TSE através de palavras-chave nas redes sociais. A ferramenta diferencia postagens negativas, positivas e neutras relacionadas ao TSE. E por meio de algoritmo próprio, consegue reconhecer se o post foi feito por humanos ou por robôs. Também é possível fazer análises, classificações e geração de relatórios com filtros específicos sobre os conteúdos relacionados, como comentários referentes a Corte.

Questionado, o TSE não se posicionou sobre a denúncia apresentada.

Fonte:OpniãoES