Van Hattem recebe carta onde mulher presa alega não ter participado dos distúrbios em Brasília de 8/1

Van Hattem recebe carta onde mulher presa alega não ter participado dos distúrbios em Brasília de 8/1

O deputado federal Marcel Van Hattem (Novo-RS) recebeu carta de uma mulher presa que alega não ter participado dos atos de distúrbios do 8/1, quando foram depredadas as sedes do Supremo, Congresso e do Planalto.

O comunicado pode revelar a falta de critérios da Justiça em determinar as prisões, possivelmente arbitrárias, e ainda, a perseguição política de pessoas de que tem um determinado pensamento ideológico, em razão, que não haveria provas da participação de alguns presos, tendo motivação da detenção apenas o alinhamento político comum entre eles.

Van Hattem publicou a carta em suas redes sociais na manhã desta quinta-feira (23), após visitar a unidade prisional, onde questiona a decisão que mantém presa uma pessoa sem provas ”há mais de 40 dias.”

”Carta que recebi de presa na Colmeia. Alega, como foi o caso de muitos, que foi presa na manhã seguinte às depredações, tendo chegado a Brasília apenas na NOITE de domingo. Que Justiça é essa que prende alguém assim “em flagrante” e mantém presa essa pessoa há mais de 40 dias?”

O político disse que foram dezenas de bilhetes informando a mesma situação de prisão abusiva. ”Visitei na semana passada os presídios do Distrito Federal, tanto o feminino da Colmeia como o masculino da Papuda. Voltei de lá com muitos relatos do ocorrido no dia 8 de janeiro, pedidos de ajuda, dezenas de bilhetes a serem encaminhados a familiares e uma inelutável convicção: não há dúvida nenhuma de que os terríveis atos de vandalismo realizados aos Três Poderes em Brasília precisam ser investigados e os responsáveis punidos, mas as prisões efetuadas supostamente em decorrência das depredações são, senão todas, quase todas ilegais, inconstitucionais e abusivas. São quase mil presos hoje, praticamente nenhum com passagem anterior na polícia. São quase mil pessoas que provavelmente nunca pisaram em uma delegacia (a não ser, talvez, como vítimas da violência endêmica no Brasil) com suas vidas paradas, seus familiares e amigos aos prantos, seus empregos e negócios perdidos.”

Fonte:OpniãoES