Workshop aborda relação da longevidade com estilo de vida

Workshop aborda relação da longevidade com estilo de vida

Médica e nutricionista apresentaram diversos aspectos para o envelhecimento saudável em evento realizado na Ales

Não adianta ter vida longa se ela não tiver qualidade. É com esse apelo que a Assembleia Legislativa (Ales) promoveu para seus servidores um workshop com esse tema em alusão à Semana do Servidor Público. O evento contou com a participação da endocrinologista Marina Cunha e da nutricionista Giselli Prucoli.

Além das palestras, os participantes também ouviram o coordenador do setor de Qualidade de Vida da Ales, Alex Amorim. “As pesquisas mostram que o Brasil é um dos maiores consumidores de remédio, ansiolíticos, remédios para dormir”, avaliou.

Fotos do workshop

Entretanto, de acordo com o coordenador, poucas pessoas põem em prática medidas simples que poderiam evitar o quadro descrito acima, como a adoção de estilo de vida saudável. Isso inclui aspectos como boa alimentação, bons relacionamentos, boa qualidade do sono, além de pausas durante o dia.

A respeito da crescente pressão do dia a dia sobre os trabalhadores, ele destacou a importância de saber gerenciá-la. “A vida tem pressão, o trabalho tem pressão e o grande desafio talvez é a gente saber lidar com as pressões da vida porque não tem para onde fugir”, disse.

Para isso, as pessoas podem recorrer a técnicas, como a meditação mindfulness, ponto abordado por ele em sua apresentação. “São habilidades de você trazer a sua atenção para o momento presente, é viver mais o momento do aqui e agora”, explicou o coordenador sobre a prática milenar.

“Não apenas viver mais, mas como viver melhor” foi o teor da palestra ministrada pela endocrinologista Marina Cunha. Na análise dela, os brasileiros não estão se programando para o envelhecimento, o que abre espaço para problemas como o surgimento de doenças crônicas e a falta de autonomia.

E para reverter esse cenário, a médica enumerou comportamentos que devem ser adotados, como ter alimentação baseada em comida não processada, ser ativo fisicamente, ter boas noites de sono, manejar o estresse, não beber e fumar excessivamente e manter relacionamentos saudáveis. “A espiritualidade faz parte disso”, salientou.

O peso da alimentação na qualidade vida foi abordado pela nutricionista Giselli Prucoli. “A gente sabe que alimentação saudável é  um dos principais pilares na construção de uma longevidade saudável”, pontuou a convidada. “Não existe uma fórmula mágica, um alimento mágico”, completou.

Na avaliação dela o brasileiro tem comido mal, lançando mão de uma dieta composta muitas vezes de produtos ultraprocessados e fast foods. “Isso tudo tem trazido muitas consequências ruins para nossa saúde”, advertiu. “A gente precisa ir na contramão disso, optando sempre por alimentos in natura, minimamente processados”.

O presidente Marcelo Santos (União) admitiu ser ele mesmo um exemplo de pessoa que mudou de vida ao adotar cuidados, sobretudo, na alimentação, o que o fez perder mais de 20 quilos aos 48 anos de idade. “Mudei totalmente minha alimentação”, revelou. Deixando os exageros de lado, o deputado defendeu que o segredo é manter o equilíbrio.

O workshop despertou a atenção de servidores da Ales, como o aposentado Eduardo Amorim, que citou a boa alimentação e bom relacionamento interpessoal como fundamentais para uma mudança de hábito. Já Otávio Augusto Costa Santos contou que estava ali para aprender novas técnicas para aplicar no dia a dia do Legislativo.