Campanha dos pré-candidatos a prefeito de Cachoeiro é marcada por desafios

Campanha dos pré-candidatos a prefeito de Cachoeiro é marcada por desafios

O cenário político está se aquecendo em Cachoeiro de Itapemirim com a proximidade das eleições. Movimentos estratégicos e outros nem tanto estão gerando comentários entre os analistas políticos e os eleitores, que começam a fazer suas apostas sobre quem sucederá o prefeito Victor Coelho (PSB). A seguir, uma síntese, do nosso olhar, das dificuldades enfrentadas pelos pré-candidatos:

Carlos Casteglione (PT) — Único declaradamente de esquerda, busca seu terceiro mandato após ter administrado a cidade por dois períodos. Enfrenta obstáculos para sair da bolha política do seu espectro, especialmente em formar coligação com partidos de centro. Aliado ao PSOL, PCdoB, PV e REDE, não conseguiu convencer outros grupos partidários de que sua política está renovada. Além disso, pesquisas indicam uma rejeição considerável ao seu nome.

Diego Libardi (Republicanos) — Participa da sua segunda eleição municipal, tendo ficado em segundo lugar em 2020. Diego enfrenta dificuldades na formação de seu grupo político. Apesar de estar associado aos deputados Dr. Bruno Resende e Allan Ferreira, é visto como solitário em suas incursões, o que diminui a força de sua campanha. A ausência de nomes expressivos ao seu redor faz com que sua campanha pareça, por vezes, de um candidato ao Legislativo.

Léo Camargo (PL) — Vereador tentando sua primeira eleição para prefeito. A pré-campanha tem sido marcada por um tom agressivo no quesito ideológico, que, embora consolide seu apoio na direita, afasta eleitores que desejam ouvir propostas concretas para a cidade. Léo ainda foca em questões menores, típicas de vereador, ao invés de tratar de temas mais amplos e estratégicos, próprios de um prefeito.

Lorena Vasques (PSB) — Secretária municipal escolhida por Victor Coelho como sua sucessora. Não conseguiu ainda mostrar sua própria identidade política, estando muito focada em pautas da gestão municipal e deixando sua agenda de pré-candidata para segundo plano. Está em um tom politicamente blasé na sombra do Coelho. Sendo a mais desconhecida entre os pré-candidatos, não tem conduzido reuniões com setores ou partidos, o que pode gerar desconfiança.

Theodorico Ferraço (PP) — Ex-prefeito por quatro mandatos, busca um quinto aos 86 anos. Apesar de ainda ser ativo na política como deputado, sua idade levanta questionamentos sobre sua disponibilidade para administrar a cidade. Tem tentado agradar a todos os lados políticos, mas isso pode acabar desagradando e resultando na perda de apoio. A nova geração pouco conhece seu legado, o que pode atrapalhar sua aceitação entre os eleitores mais jovens.

Fonte: Opinião ES