Deputados e senadores antecipam trocas partidárias no rastro dos presidenciáveis
Apesar da chamada ‘janela partidária” ainda não ter sido aberta – abre em 3 de março – diversos políticos já estão trocando de partido por conta da eleição presidencial.
No Espírito Santo duas mudanças já ocorreram, o deputado federal Felipe Rigoni, eleito pelo PSB, foi para PSL, e o senador Fabiano Contarato (REDE) foi para o PT.
E três novas mudanças estão previstas para março; o deputado Da Vitória vai sair do Cidadania dia 11 de março e se filiar ao Progressistas. Ele confirmou a data da filiação. Leia também:
Soraya Manato sai do PSL para se filiar ao PTB. E a deputada Lauriete ainda não decidiu mas precisa mudar de sigla para tentar renovar o mandato. A situação das duas é muito difícil.
ALIANÇAS NACIONAIS
Na maioria dos casos são as alianças nacionais que estão determinando as mudanças. Por exemplo, Soraya Manato vai para uma sigla que apoia Bolsonaro.
Contarato para o PT de Lula. Rigoni concorre ao governo mas depende da decisão que o União Brasil tomar em relação ao Planalto, provável que apoie o ex-juiz Sérgio Moro.
Em outros casos é a sobrevivência política que determina a escolha da sigla, caso do deputado federal Da Vitória. Ele vai para o PP que apoia Bolsonaro, mas continua com um pé no governo Casagrande, que não apoia.
Outras mudanças consolidadas
Kim Kataguiri
O deputado federal decidiu trocar o DEM pelo Podemos. O anúncio da mudança se deu após o ex-juiz da Lava Jato se filiar ao partido para disputar a Presidência. O MBL decidiu apoiar Moro na disputa.
Marcelo Ramos
O vice-presidente da Câmara e deputado federal anunciou a saída do PL depois que a sigla filiou o presidente Jair Bolsonaro. Critico do Planalto, Ramos não definiu seu novo partido.
Marcelo Freixo
Pré-candidato ao governo do Rio de Janeiro, se filiou ao PSB – antes estava no PSOL. O deputado federal já recebeu o apoio do ex-presidente Lula.
Marco Feliciano
Aliado de Jair Bolsonaro, o deputado federal Marco Feliciano saiu do Republicanos e se filiou ao PL para acompanhar o presidente. As duas siglas são do Centrão.
Joice Hasselmann
Eleita na onda bolsonarista em 2018, a deputada federal passou a criticar o presidente e deixou o PSL no ano passado. Aliada do governador de São Paulo, João Doria – presidenciável tucano –, ela optou por se filiar ao PSDB.
Davi Miranda
O deputado federal pelo Rio de Janeiro vai migrar para o PDT, do presidenciável Ciro Gomes. Ele disse que decidiu deixar o PSOL por se opor à aliança da sigla ao PT de Lula.
Fabiano Contarato
O senador tem mais quatro anos de mandato, deixou a Rede e se filiou ao PT. Com o apoio de Lula, é apontado como pré-candidato ao governo do Espírito Santo. Mas os petistas preferem apoiar Casagrande que disputa a reeleição
Felipe Rigoni
Foi eleito pelo PSB com apoio do governador Casagrande. Em dezembro se filiou ao PSL, e espera a criação do União Brasil para migrar para a sigla de direita que surgirá da fusão PSL/DEM. Colegas de bancada afirmam que Rigoni teria dificuldade de se reeleger por não ter apoio de prefeitos.
Arthur do Val
Integrante do MBL que foi candidato à Prefeitura de SP em 2020, o deputado estadual trocou o Avante pelo Podemos, partido do ex-juiz Sérgio Moro.
Reprodução Agência Congresso
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